Toffoli assume Presidência da República enquanto Temer vai à ONU

Presidente do Supremo estará no Planalto na segunda (24) e na terça (25)

Reynaldo Turollo Jr. Talita Fernandes
Brasília

O ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), assumiu a Presidência da República neste domingo (23) e ficará até terça-feira (25) substituindo o presidente Michel Temer, que participará da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), viajaram para fora do país. 

Será a primeira vez que Toffoli estará à frente do Planalto. Ele tomou posse como presidente do Supremo no último dia 13.

O ministro Dias Toffoli, que assumiu a presidência do STF no lugar da ministra Cármen Lúcia
O ministro Dias Toffoli, que assumiu a presidência do STF no lugar da ministra Cármen Lúcia - Pedro Ladeira/Folhapress

Segundo a agenda divulgada pela assessoria do STF, Toffoli assinará, na segunda-feira, a nomeação do conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Henrique Ávila e duas leis —uma delas que modifica o prazo de licença paternidade para militares.

Na terça, o ministro vai assinar uma lei que inscreve o nome do político Miguel Arraes (1916-2005) no Livro dos Heróis da Pátria.

Pela linha de sucessão, os presidentes da Câmara e do Senado teriam preferência para substituir Temer no Planalto. Porém, há uma lei que determina que, se eles assumirem a Presidência agora, não poderão disputar a eleição. Como os dois são candidatos à reeleição, eles deverão sair do país para não ter de sentar na cadeira. O senador do MDB está na Argentina. A assessoria de Maia não soube informar a viagem do deputado. ​

Pelo mesmo motivo a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo antes de Toffoli, assumiu o Planalto quatro vezes neste ano, nas ocasiões em que Temer viajou para o exterior.

Temer embarcou no domingo (23), dia em que completa 78 anos, para os Estados Unidos. Ele participa pela última vez como presidente do Brasil da Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York.

Esta será a terceira vez que o presidente participa do evento, no qual, por tradição, o Brasil faz o discurso de abertura.

Está previsto que Temer participe também de reuniões paralelas, tanto bilaterais como multilaterais. Devem entrar na pauta da assembleia a questão da migração de venezuelanos e as crises econômicas e políticas do continente americano.

De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, Temer planeja outras duas viagens, além da ONU, antes de deixar o cargo. Em novembro, ele vai para a Argentina, onde participará de encontro do G-20.

Para o fim do mesmo mês, sua equipe estuda uma viagem para o Líbano, onde o presidente tem família. A viagem deve incluir uma parada em Marrakesh, no Marrocos.

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