Descrição de chapéu Eleições 2018

TRE-SP suspende publicações pagas em página de Paulo Skaf

Para coligação de Doria (PSDB), que entrou com representação, houve caixa 2; campanha do MDB diz que Facebook errou

José Marques
São Paulo

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo determinou a paralisação de patrocínios a publicações do candidato ao governo Paulo Skaf (MDB) em sua página oficial no Facebook. 

Os impulsionamentos a cinco postagens, que custaram US$ 255 (aproximadamente R$ 1.050), foram bancados por um cartão Mastercard e a conta da página está registrada em nome de um dos filhos de Skaf, Antoine. 

As quantias foram creditadas no último dia 16, após o início oficial da disputa eleitoral.

O Facebook não informa se o próprio administrador da conta fez os pagamentos. A campanha de Skaf, que inicialmente disse que os pagamentos foram feitos com um cartão familiar, retificou a informação na noite desta segunda (3) para afirmar que os valores foram pagos com um cartão do próprio candidato.

A decisão foi tomada na última sexta-feira (31) pelo desembargador Paulo Galizia, após representação da coligação Acelera SP, encabeçada pelo candidato a governador João Doria (PSDB)

 
A coligação adversária entrou com a representação porque entende que os recursos podem ser configurados como caixa dois, já que não foram registrados com o CNPJ da campanha e não estavam contabilizados. 

Na decisão, magistrado acatou pedido para que o impulsionamento a cinco publicações fosse cessado, para que a coligação se abstivesse de realizar novos impulsionamentos e para que o Facebook divulgasse quem contratou o patrocínio e o valor gasto.

Nos posts, eram feitos elogios às escolas do Sesi, entidade que Skaf chefiou até se licenciar em junho e que tem usado como vitrine de campanha, e críticas à segurança pública e saúde do estado.

Todas as publicações foram retiradas do ar.

Procurada, a campanha de Skaf afirma que fez um pedido de registro da página para contratação de posts patrocinados junto ao Facebook, mas "por falha da rede social ele não foi efetivado". 

"Com isso, houve alguns pagamentos com cartão de crédito cujo titular é Paulo Skaf, o mesmo cartão que vinha sendo usado anteriormente, justamente para cumprir as exigências da lei. Foi um erro formal sem qualquer repercussão maior para a campanha. O registro na rede social já foi regularizado", diz nota da campanha.

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