Bancada ruralista quer aprovar novo licenciamento ambiental neste ano

Segundo presidente da frente, nome para Agricultura pode ser vetado por parlamentares

Angela Boldrini
Brasília

A bancada ruralista do Congresso quer aprovar ainda em 2018 a mudança nas regras do licenciamento ambiental. 

O texto em discussão é o do deputado federal Mauro Pereira (MDB-RS). Com urgência já votada, ele pode ser ser levado ao plenário a qualquer momento pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Segundo a presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Tereza Cristina (DEM-MS), os parlamentares devem se reunir com Maia para apresentar agenda prioritária. 

"É importante sim. É uma pauta que para a agricultura seria muito boa, mas também para outros segmentos que têm investimentos travados", disse a deputada. 

Jair Bolsonaro recebe documento de apoio da FPA (nas mãos do deputado Onyx Lorenzoni) ao lado da presidente da frente, Tereza Cristina, e de Nabhan Garcia (UDR), em sua casa no Rio
Jair Bolsonaro recebe documento de apoio da FPA (nas mãos do deputado Onyx Lorenzoni) ao lado da presidente da frente, Tereza Cristina, e de Nabhan Garcia (UDR), em sua casa no Rio - Reprodução

Já o projeto que afrouxa as regras para o registro de agrotóxicos não deve entrar na pauta da frente neste final de governo.

A deputada nega que isso tenha sido discutido também com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Cristina negou que tenham sido discutidos na reunião em Brasília de parlamentares da frente, que reúne 261 deputados ou senadores, nomes para o Ministério da Agricultura do governo Bolsonaro. 

Apesar de dizer que o nome é questão secundária, ela sinalizou que os parlamentares terão poder de veto.

"Houve uma fala dele quando nós estivemos lá de que esse nome passaria por nós, até para a frente vetar. Não quer dizer que a frente deve dar um nome", afirmou. 

A FPA é uma das bancadas que dão suporte a Bolsonaro no Congresso. Os ruralistas declararam apoio à candidatura do capitão reformado no segundo turno e fizeram com que ele revisse a posição de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. 

Cristina classificou como "madura" a posição do capitão reformado no recuo da proposta de campanha.

O temor da frente era de que além de lidar com pautas da agropecuária, fossem obrigados a tratar de outras questões como lixo e esgoto das cidades no caso da fusão. 

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