Descrição de chapéu Eleições 2018

Campanha de Haddad pagou R$ 2,1 milhões a empresa de réu da Lava Jato

Empresa recebeu valores devido a aluguel de equipamentos para filmagens

São Paulo

A campanha do presidenciável petista Fernando Haddad pagou R$ 2,1 milhões a envolvidos na Lava Jato e em esquema de corrução da Odebrecht. 

O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O valor foi pago à empresa Rental Locação de Móveis, que tem  como sócios Giovane Favieri e e Valdemir Garreta como sócios, a título de locação de equipamentos para programas de TV e rádio. 

Favieri é réu por lavagem de dinheiro na operação Lava Jato e Valdemir Garreta é colaborador no Peru em investigação de caixa 2 da Odebrecht. 

De acordo com a acusação, em 2004, o Banco Schahin firmou um contrato fraudulento de empréstimo de R$ 12 milhões com o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula.

Na realidade, segundo os procuradores da Lava Jato, o dinheiro se destinava ao PT e teria sido pago de modo fraudulento depois que uma das empresas do Grupo Schain fechou um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras.

A operação teria sido realizada para dissimular e ocultar pagamentos do PT, entre os quais às empresas de Favieri por serviços na eleição de 2004, em Campinas.

O empresário diz no processo que não sabia da origem ilícita dos recursos. Para os procuradores, sua atuação no esquema de lavagem de capitais ocorreu de modo consciente e voluntário.

Já   Garreta, em colaboração com autoridades peruanas, contou a procuradores que a Odebrecht lhe pagou US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) a pedido Félix Moreno, governador da região peruna de Callao, para  para assessorá-lo em campanha de reeleição.

Favieri já prestou serviços a Haddad em 2016 por meio da F5BI produções Ltda. Em junho do ano passado,  a empresa recorreu à Justiça para tentar obter o pagamento de dívida do PT de R$ 2,66 milhões e solicitou, inclusive, a apreensão de bens dos devedores

OUTRO LADO

Giovane Favieri afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo ser inocente da acusação na Lava Jato. " “Não tínhamos como identificar de onde vinha o dinheiro. Naquele tempo, caiu na conta da empresa, tudo certo, houve prestação de contas. Não aparecia depositado por fulano, como aparece hoje”, disse ao jornal. 

A afirmação é a mesma que ele fez no processo. Já Garreta não se manifestou. 

Procurada pela Folha, a campanha de Haddad não se manifestou. 

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