Condenados célebres já tiveram autorização para dar entrevistas a veículos de comunicação na prisão.
Nesta segunda-feira (1º), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, proibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de conceder entrevista à Folha. Ele determinou que o caso seja julgado pelo plenário da corte.
Lula está preso em Curitiba desde abril condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em 2016, Fernandinho Beira-Mar conversou com o repórter Roberto Cabrini, do SBT, na Penitenciária Federal de Porto Velho. A entrevista com o traficante ficou no ar durante quase uma hora.
Condenada pela morte dos pais, Suzane von Richthofen gravou conversa com o apresentador Gugu para a Record em 2015, no presídio de Tremembé (SP). Em 2014, ela já havia concedido entrevista à revista Marie Claire, após ter ficado oito anos em silêncio.
A revista piauí falou em 2015 com o ex-médico Roger Abdelmassih, também em Tremembé, onde ele cumpria pena depois de ser condenado a 181 anos de prisão por ter cometido 48 estupros.
Outro preso célebre que respondeu a perguntas jornalísticas na cadeia foi Cabo Bruno. Florisvaldo de Oliveira, nome de batismo do ex-PM, preso na década de 1990, falou à Record após ser condenado por uma série de assassinatos.
A emissora também ouviu, em 2013, o goleiro Bruno, condenado pelo envolvimento no assassinato de Eliza Samudio e preso em Contagem (MG).
Ele foi entrevistado pelo repórter Marcelo Rezende, o mesmo que em 2010 falou com Hildebrando Paschoal, ex-deputado federal que na época cumpria pena pelos crimes de tráfico de drogas, formação de quadrilha e homicídio. Ele liderou um grupo de extermínio na década de 1990.
Em 2001, a Folha entrevistou na Penitenciária de Araraquara (SP) o cirurgião plástico Hosmany Ramos, preso em 1981 pelos crimes de homicídio, roubo, tráfico de drogas e contrabando. O interno lançava um livro na época em que recebeu a reportagem.
A TV Globo exibiu em 1996 entrevista de João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha, condenado por 88 crimes e fonte de inspiração para o filme “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), do cineasta Rogério Sganzerla.
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