Coronel da reserva que divulgou ameaça a Rosa Weber usará tornozeleira eletrônica

Em vídeo nas redes sociais, Carlos Alves chama a ministra de 'salafrária, corrupta e incompetente'

Camila Mattoso
Brasília

O coronel da reserva que ameaçou a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, usará tornozeleira eletrônica e está impedido de ir a Brasília, segundo informações da Polícia Federal.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Carlos Alves chama a ministra de "salafrária, corrupta e incompetente" por ela ter se reunido com representantes de partidos políticos que solicitaram uma investigação sobre reportagem da Folha.

A ministra Rosa Weber durante sessão plenária do STF, em Brasília
A ministra Rosa Weber durante sessão plenária do STF, em Brasília - Pedro Ladeira - 24.out.2018/Folhapress

A reportagem revelou que empresas que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) pagaram pelo impulsionamento de mensagens anti-PT no aplicativo de mensagens WhatsApp durante as eleições.

Na gravação, o coronel da reserva fala, se dirigindo à ministra Rosa Weber, que ela "não se atreva" a dar seguimento à ação da campanha do PT contra Bolsonaro.

Em nota, a PF disse que cumpriu nesta tarde de sexta (26) um mandado de busca e apreensão. Computadores e aparelhos celulares foram recolhidos.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou ainda que o investigado seja proibido de andar armado ou de possuir arma em casa e que se mantenha distante de ministros do Supremo Tribunal Federal, do TSE e também de Raul Jungmann (Segurança Pública).

Ainda de acordo com o texto divulgado pela polícia, o coronel poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. 

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