Mesmo tendo declarado que pretende se recolher após o anúncio do resultado oficial, o candidato do PDT, Ciro Gomes, deve anunciar apoio à candidatura de Fernando Haddad, do PT, em eventual segundo turno que o exclua.
Segundo aliados dele, mesmo que esteja magoado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pedetista não irá manter neutralidade diante de um risco de vitória do campo da direita.
Em conversas reservadas, Ciro avalia que Lula agiu de maneira desleal ao ter atuado para esvaziar sua candidatura, impedindo o apoio dos partidos do centrão e influenciado o PSB a declarar neutralidade na disputa presidencial."O PT, independentemente de qualquer resultado, acabará fazendo uma autocrítica.
Ele maltrata todos os seus aliados, mas, depois, vem buscar parcerias", criticou o líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo, para quem "saem ranços do processo eleitoral" na relação dos dois partidos.
Para evitar críticas de fisiologismo, a ideia é que o PDT anuncie apoio ao PT, mas sem a promessa de compor um eventual governo. Mesmo assim, aliados de Fernando Haddad pretendem oferecer a Ciro um posto no comando da campanha petista e sinalizar com a incorporação de promessas eleitorais, como o SPCiro, e com um cargo ministerial.
Figueiredo ainda acredita na possibilidade de Ciro passar para o segundo turno, mas, caso o cenário não se confirme, ele afirma que o pedetista não deixará a vida pública.
"Ele continuará fazendo política, independentemente de mandato", diz.
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