O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou o adversário, Jair Bolsonaro (PSL), de soldadinho de araque.
Na tentativa de atrair o líder das pesquisas para o debate, ele se dirigiu diretamente ao opositor.
Em ato no teatro Tuca, Haddad lembrou o discurso feito no domingo pelo capitão reformado.
"Ontem, ele [Bolsonaro] fez um vídeo muito grave que nunca tinha visto a pessoa ter coragem de fazer, que é ameaçar de morte um adversário, ameaçar a integridade física de seus opositores dizendo que não terão lugar no Brasil, ou a cadeia ou o exílio", recordou Haddad, em alusão à mensagem que Bolsonaro transmitiu a apoiadores reunidos na avenida Paulista.
Haddad se dirigiu então ao adversário: "quero dizer para o Bolsonaro, esse soldadinho de araque como costumo chamar", discursou o petista.
Interrompido por aplausos, Haddad continuou. "Eu quero dizer para ele uma coisa muito simples: o projeto que ele representa já perdeu, já está derrotado, não tem chance de prosperar. A humanidade jamais vai concordar com arbítrio".
Segundo Haddad, em um momento de delírio, de perturbação, de raiva e de ódio, a Humanidade pode até querer querer abraçar o projeto que Bolsonaro representa. "Mas a gente acorda desse pesadelo é realiza a humanidade que todo mundo tem dentro de si".
Repetindo expressões usadas por Bolsonaro na véspera, Haddad chamou o adversário de o anti-humano, o anti ser humano. "É tudo que precisa ser varrido da face da terra e nós vamos varrer no dia 28 de outubro, sem dó e sem piedade", discursou.
Em um ato que contou com a participação de artistas, juristas e religiosos, Haddad refutou a palavra de ordem usada pelos que discursaram anteriormente: de resistência.
O candidato se disse comovido com a palavra, muitas vezes repetida nos discursos, inclusive o de sua vice, Manuela D'Ávila, mas disse que a luta é pela vitória.
Ele contou ter conversado com Marina Silva e ter recebido, logo depois, a manifestação de apoio da candidata da Rede. O petista pediu então que os militantes trabalhem para conquistar o que chamou de vitória da democracia.
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