Coligado ao PSL de Jair Bolsonaro e investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Helder Barbalho (MDB), 39, foi o mais votado candidato ao governo do Pará, com 47,70% dos votos válidos, mas não conseguiu evitar o segundo turno.
O ex-ministro nos governos Dilma e Temer terá como adversário o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), 61, que registrou 30,20% nas urnas.
Apoiado pelo governador Simão Jatene (PSDB), Miranda é médico de formação e está no seu quarto mandato como deputado estadual. Em abril, foi eleito presidente da Assembleia pela primeira vez.
Ex-aliado dos Barbalho no Pará, o PT acabou em terceiro, com Paulo Rocha.
Helder já havia sido candidato quatro anos atrás, quando fez comício ao lado do ex-presidente Lula, mas perdeu para Jatene.
O emedebista montou uma coligação com 17 partidos, incluindo o PSL e outros que abrigam a "bancada da bala" paraense. O estado enfrenta uma onda de violência, principalmente na região de Belém.
O clã Barbalho está envolvido em diversos escândalos de corrupção. No caso mais recente, em maio, Jader e Helder passaram a ser investigados em inquérito do STF que apura repasses de R$ 40 milhões da J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley, para políticos do MDB. Ambos negam as acusações e dizem que as doações foram feitas dentro do marco legal.
Helder também aparece na planilha da Odebrecht em que, sob o codinome "Cavanhaque", recebeu R$ 1,5 milhão em espécie em hotel de São Paulo, segundo relato de dois delatores da empreiteira. Em depoimento à Polícia Federal, o emedebista negou ter recebido a propina.
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