Descrição de chapéu Eleições 2018

Maioria dos governadores eleitos enfrentou oposição dos prefeitos de suas capitais

Dos 13 que venceram as eleições no domingo (7), oito concorreram com aliado da gestão municipal

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São Paulo

Ter apoio de prefeitos de capitais não teve o efeito esperado para candidatos aos governos neste primeiro turno das eleições. 

Dos 13 governadores eleitos no domingo (7), oito foram concorrentes diretos de um candidato aliado à prefeitura da principal cidade dos seus estados. Em todos os casos os adversários dos governadores eleitos tiveram menor votação nas capitais.

A Bahia é um dos casos emblemáticos. O quarto maior colégio eleitoral do país reelegeu Rui Costa (PT) com 75% dos votos, adversário do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), que apoiou o correligionário José Ronaldo.

Neto, que foi reeleito em primeiro turno em 2016 e chegou a ensaiar a possibilidade de renunciar à prefeitura no início do ano para disputar o governo contra Costa, não conseguiu transferir seus votos para o aliado. O petista recebeu 72% dos votos na capital baiana, enquanto Ronaldo ficou com 23%.

No Paraná, o prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) fez discursos de apoio a Cida Borghetti (PP), que tentava a reeleição contra Ratinho Junior (PSD)

"Parece que alguém comeu a roupa do rato. Acho que foi a nossa governadora firme e forte. Animem-se, nós vamos ganhar a eleição", consolou Greca a aliados quando as pesquisas apontavam vantagem de Ratinho sobre Cida.

A disputa não avançou para o segundo tuno e o candidato do PSD teve 60% dos votos em Curitiba.

A porcentagem é similar à que Goiânia deu a Ronaldo Caiado (DEM), que era adversário de Daniel Vilela (MDB), mesmo partido do prefeito Iris Rezende.

O apoio também não deu resultados em Maceió, Rio Branco e João Pessoa —nesta última, o candidato derrotado ao governo da Paraíba é irmão do prefeito Luciano Cartaxo (PV).

Teresina e Palmas saem desse padrão. Caso a eleição só ocorresse nas capitais, a porcentagem de votos dos governadores eleitos faria com que houvesse um segundo turno.

No primeiro caso, o governador reeleito no Piauí, Wellington Dias (PT), recebeu 35% dos votos válidos na capital do estado, que é governada por Firmino Filho (PSDB).

Mas o desempenho do candidato de Firmino também não foi bom. Luciano Nunes (PSDB) ficou em terceiro lugar, atrás de Dr. Pessoa (SD).

A outra situação é do Tocantins, onde o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) concorreu ao governo e perdeu.

O governador reeleito Mauro Carlesse (PHS) ficou com 41% dos votos em Palmas (57% em todo o estado), contra 39% de Amastha, que era apoiado pela prefeita Cinthia Ribeiro.

Em minoria, outros cinco prefeitos de capitais são aliados de candidatos vitoriosos: em Pernambuco, no Espírito Santo, no Ceará, em Mato Grosso e no Maranhão. 

No entanto, foi o interior que garantiu a eleição de Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco em primeiro turno. No Recife, cidade administrada por Geraldo Júlio (PSB), o governador teve 43% dos votos.

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