Descrição de chapéu Eleições 2018

Missão da OEA diz que não há vulnerabilidade no sistema de votação até o momento

É a primeira vez que a missão, composta por 40 pessoas, acompanha as eleições no país

A chefe da missão de observação eleitoral da OEA e ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, em visita a local de votação em Brasília
A chefe da missão de observação eleitoral da OEA e ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, em visita a local de votação em Brasília - Natália Cancian/Folhapress
Natália Cancian
Brasília

A chefe da missão de observação eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) e ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, disse na tarde deste domingo (7) que visitas feitas pelo grupo não encontraram até o momento nenhum indício de vulnerabilidade no sistema de votação eletrônica no Brasil.

"Observamos todas as etapas do processo, em diferentes fases, do transporte à instalação das urnas. E hoje estamos observando o funcionamento. Não encontramos até esse momento nenhum aspecto que possa gerar suspeita sobre a possibilidade de haver uma vulnerabilidade no sistema de voto eletrônico", afirmou, após, visita a salas de votação na UPIS (União Pioneira de Integração Social), em Brasília.

É a primeira vez que a missão, composta por uma equipe de até 40 pessoas, acompanha as eleições no país. Até as 14h, o grupo já havia visitado mais de 80 locais de votação em 12 estados e no Distrito Federal.

Segundo Chinchilla, até o momento, visitas feitas pelo grupo mostram que o processo tem ocorrido "com tranquilidade". A situação, afirma, contrasta com a preocupação manifestada por alguns candidatos durante a campanha.

"O processo tem evoluído com muita normalidade, dentro do que parece ser a tradição do Brasil", afirmou. Segundo ela, não há informações de problemas graves até o momento.

"Temos informações de filas longas, mas elas estão fluindo", diz. "Também encontramos atrasos na identificação biométrica, mas existe um protocolo que está sendo aplicado com sucesso, e não tivemos nenhum caso em que foi negado o direito de votar por conta disso", relata.

Segundo ela, uma das principais preocupações da missão neste ano ocorre em relação ao impacto das fake news. Para Chinchilla, o problema "não afeta apenas os candidatos à Presidência, porque muitas vezes as campanhas recorrem a isso, mas também a credibilidade das instituições eleitorais."

Ela elogiou iniciativas criadas para verificar e corrigir notícias falsas. Outros temas observados pela missão, afirma, são as novas regras para financiamento eleitoral e o avanço na participação de mulheres em cargos eletivos.

Um relatório completo sobre as visitas do grupo deve ser divulgado na segunda-feira (8).

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.