Partido de Bolsonaro cresce e empata com PSDB na preferência do brasileiro, aponta o Datafolha

Em segundo lugar na lista, PSL nem pontuava até junho; PT lidera pesquisa desde 1999

São Paulo

Partido de Bolsonaro, o nanico PSL está empatado com o PSDB e o MDB na preferência partidária do brasileiro, aponta o Datafolha.

O PSL foi citado por 4% dos entrevistados, enquanto PSDB e ​MDB, por 3% cada um. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, os três partidos estão tecnicamente empatados.

O PT permanece na liderança da pesquisa, com 21%, mas oscilou negativamente em relação a agosto, quando tinha 24%. 

 

PDT, PSOL e Novo registraram 1% cada um. 

Partido de pouca expressão fundado há duas décadas, o PSL ganhou destaque nacional em janeiro, quando o deputado Jair Bolsonaro se filiou à sigla para disputar a eleição. O capitão lidera a disputa à Presidência, com 32%.

Até junho deste ano, a sigla nunca havia pontuado no levantamento do Datafolha. Com o início da campanha, passou a 1% no final de agosto, 3% em setembro e 4% neste começo de outubro. Divide agora a segunda posição da pesquisa com partidos bem mais tradicionais, PSDB e MDB.

Estes dois últimos oscilaram de 4%, em agosto, para 3%.

O PSL também incrementou sua representação na Câmara. Na eleição de 2014 elegeu apenas um deputado, mas com a entrada de Bolsonaro decolou para uma bancada de 8 deputados federais.

O Datafolha realiza a pesquisa de preferência partidária desde 1989. Na série histórica, a maior parcela da população sempre declarou não ter simpatia por nenhum partido. O número chegou a 64% em junho deste ano, mas caiu para 53% nesta última sondagem.

O PT é o partido preferido dos brasileiros desde 1999. Teve seu melhor desempenho em abril de 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando foi mencionado por 31% dos entrevistados.

No entanto, escândalos de corrupção, prisões de expoentes da sigla e recessão econômica derrubaram a simpatia pela agremiação nos anos seguintes.

Em dezembro de 2016, após o impeachment de Dilma, o partido teve 9% das menções. Com a derrocada petista, o grupo dos sem preferência partidária chegou a 75%. Na série do Datafolha, o PT só teve pior resultado em agosto de 1989, quanto registrou 6%.

Em abril de 2017, porém, o PT pulou para 15% e vem mantendo seu crescimento desde então.


Na série histórica, o MDB liderou a preferência por quase uma década, chegando a atingir 19% em 1992. Após empates com o PT, foi ultrapassado de forma definitiva em 1999. De 2010 para cá não passou mais do que 7%. 

Também se desidratou o DEM (antigo PFL). Depois de registrar 9% em 1997 e 8% em 2002, deixou de pontuar desde 2014.

O PSDB, por sua vez, permanece estável na faixa de 3% a 7% no intervalo de quase 30 anos.

O Datafolha entrevistou 3.240 pessoas em 225 municípios nesta terça (2). O nível de confiança, que é a chance de retratar a realidade, é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03147/2018 e foi contratada pela Folha.

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