Somente dois candidatos dos 14 governadores eleitos no segundo turno neste domingo (28) venceram a eleição de virada, depois de terminarem o primeiro turno em desvantagem.
Os dois são do PSL, mesmo partido do deputado Jair Bolsonaro, eleito presidente da República.
O coronel da PM Marcos Rocha venceu o governo de Rondônia com 66,34% dos votos válidos. No primeiro turno, ele teve 23,99%, ficando atrás de Expedito Junior (PSDB), mas conseguiu virar a disputa. A vitória veio após uma arrancada. Na semana do primeiro turno, o candidato militar saiu da quarta posição nas pesquisas, com apenas 8% das intenções de voto, e chegou ao segundo turno.
Do outro lado do país, a eleição em Santa Catarina também foi decidida de virada, ainda que mais apertada. O coronel da reserva dos bombeiros Carlos Moisés da Silva, que adotou o nome de Comandante Moisés, conseguiu agora 53,36% dos votos válidos depois de ficar atrás de Gelson Merísio (PSD) na disputa no primeiro turno, no começo do mês.
Os dois se juntam a outros 12 governadores eleitos que já se declararam aliados de Bolsonaro. Outros quatro governadores declararam-se neutros na eleição, e nove apoiaram Fernando Haddad (PT).
O baixo número de viradas destoa de eleições anteriores. Até 2014, havia uma média de 31% dos resultados decididos a favor de quem começou a disputa perdendo. Neste ano, a taxa ficou em 14%.
Já houve resultados surpreendentes, como em Minas Gerais em 1994, quando Eduardo Azeredo (PSDB) terminou o primeiro turno 21 pontos percentuais atrás do primeiro colocado, Hélio Costa (PP), mas conseguiu virar e terminar com 58,6% dos votos válidos.
A eleição presidencial, por sua vez, nunca viu um movimento do tipo: desde que há dois turnos, estabelecido com a constituição de 1988, o candidato que venceu a primeira fase é o mesmo que venceu a disputa final. Neste ano não foi diferente: Bolsonaro derrotou Fernando Haddad nas duas etapas.
GOVERNADORES ELEITOS
- Acre: Gladson Cameli (PP)
- Alagoas: Renan Filho (MDB)
- Amapá: Waldez Góes (PDT)
- Amazonas: Wilson Lima (PSC)
- Bahia: Rui Costa (PT)
- Ceará: Camilo Santana (PT)
- Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB)
- Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
- Goiás: Ronaldo Caiado (DEM)
- Maranhão: Flávio Dino (PC do B)
- Mato Grosso do Sul: Reinaldo Azambuja (PSDB)
- Mato Grosso: Mauro Mendes (DEM)
- Minas Gerais: Romeu Zema (Novo)
- Pará: Helder Barbalho (MDB)
- Paraíba: João Azevêdo (PSB)
- Paraná: Ratinho Junior (PSD)
- Pernambuco: Paulo Câmara (PSB)
- Piauí: Wellington Dias (PT)
- Rio de Janeiro: Wilson Witzel (PSC)
- Rio Grande do Norte: Fatima Bezerra (PT)
- Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB)
- Rondônia: Coronel Marcos Rocha (PSL)
- Roraima: Antonio Denarium (PSL)
- Santa Catarina: Comandante Moisés (PSL)
- São Paulo: João Doria (PSDB)
- Sergipe: Belivaldo Chagas (PSD)
- Tocantins: Mauro Carlesse (PHS)
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