Após divulgar nova pesquisa eleitoral nesta segunda (1º) em que mostra evolução de Jair Bolsonaro (PSL) e estagnação de Fernando Haddad (PT), o filtro utilizado pelo Ibope foi questionado nas redes sociais.
O cientista político Alberto Almeida, em sua conta no Twitter, afirmou que o instituto não entrevistou pessoas que não votaram na última eleição. Por este motivo, segundo Almeida, os resultados não são comparáveis e acabam alterando a constância dos resultados.
“Viés toda pesquisa tem, o importante é que seja constante. As modificações realizadas pelo Ibope entre as duas últimas pesquisas alteram a constância do viés”, diz o tuíte.
De acordo com o Ibope, a modificação que Almeida diz ser feita em reta final das eleições de 2018 é realizada desde 2014 e considera eleitores votantes, contabilizando a média histórica de abstenções.
Além disso, Alberto Almeida também questiona os padrões diferentes utilizados pelo instituto em pesquisas para Globo e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Ambas representam o eleitorado brasileiro e seus resultados foram comparados pois os dados são consistentes e não há diferenças significativas entre eles”, afirma o instituto em nota.
Confira declaração do instituto sobre o caso:
Sobre os questionamentos feitos por Alberto Almeida, de mudança de filtro na última pesquisa do IBOPE Inteligência sobre intenção de voto para presidente, realizada para a TV Globo e o jornal O Estado de S. Paulo, divulgada ontem, 1º de outubro, esclarecemos que não há qualquer alteração.
As pesquisas eleitorais realizadas para a TV Globo e O Estado de S. Paulo, desde 2014, consideram eleitores votantes, levando em conta a média histórica das abstenções. As pesquisas realizadas para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), como a divulgada no dia 26 de setembro, historicamente são realizadas com eleitores.
Ambas representam o eleitorado brasileiro e seus resultados foram comparados pois os dados são consistentes e não há diferenças significativas entre eles.
Vale lembrar que Alberto Almeida já foi processado pelo IBOPE Inteligência, por fazer afirmações falsas sobre a metodologia de nossas pesquisas, e foi obrigado pela Justiça a fazer uma retratação pública.
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