Descrição de chapéu Eleições 2018

TSE, STF e PGR garantem confiança em urnas eletrônicas

Ministros defenderam a inviolabilidade do sistema, que tem sido contestado por Bolsonaro

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Brasília

Em meio a um cenário de desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas, a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defenderam neste sábado (5) a inviolabilidade do sistema.

Líder nas pesquisas de intenção de votos, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem contestado a legitimidade das urnas eletrônicas nos últimos meses. Seu partido está organizando uma grupo de voluntários para fazer uma apuração paralela do resultado da eleição no domingo (7).

Para ministros e advogados eleitorais ouvidos pela reportagem em caráter reservado, a iniciativa de contestar o sistema de apuração, apesar de estar dentro da legalidade, gera uma convulsão social em torno do assunto.

A presidente do TSE, Rosa Weber, durante sessão que julgou o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A presidente do TSE, Rosa Weber, durante sessão que julgou o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Pedro Ladeira - 31.ago.2018/Folhapress

Sem mencionar a iniciativa do PSL ou os ataques de Bolsonaro às urnas, os chefes das instituições fizeram declarações de confiabilidade no sistema do TSE.

Rosa Weber destacou que as urnas eletrônicas são auditáveis.  

"Nosso sistema eletrônico de votação é ágil, seguro, confiável, e, sobretudo, auditável. Há condições de auditar, como já ocorreu, e foi constatado que não houve sequer um caso comprovado de fraude", disse a ministra em evento no tribunal.

"Esse aspecto é muito importante para tranquilizar os brasileiros que sua manifestação de vontade nas urnas vai ser refletida", acrescentou. 

Em 2014, depois de perder a corrida presidencial para Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) pediu auditoria extemporânea da contagem dos votos e concluiu que não houve fraude no pleito.

A procuradora-geral Raquel Dodge disse que o índice de fraude nos votos antes da implementação do sistema de urnas eletrônicas, no voto em cédula, era alto.

"Não é fácil atingir esta maturidade que o TSE atingiu, a ponto de debelar todas as mazelas que o Brasil apresentava em anos passados. Hoje, com a urna eletrônica, isso não mais acontece", afirmou. 

Segundo ela, o sistema eleitoral é seguro, garante eleições hígidas e a vontade do eleitor será depositada na urna e declarada à população na noite deste domingo (7).

"Isso é muito importante porque as pessoas precisam acreditar que o sistema democrático não só funciona, mas que está sendo garantido pela própria Justiça Eleitoral", afirmou. 

Dodge disse que o evento deste sábado para verificar o software das urnas no TSE atraiu a presença de observadores internacionais, da imprensa e de observadores independentes "que vieram observar a higidez deste sistema".

"O Brasil precisa se orgulhar de ter justiça eleitoral sólida, que funciona perfeitamente, cumprindo prazos, para que no dia das eleições todas as questões estejam resolvidas e a urna eletrônica funcionando adequadamente e de forma segura", disse Dodge.

"O melhor regime é este, o regime do Estado democrático de direito. Parabéns ao povo brasileiro", disse presidente do STF, Dias Toffoli.

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