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Wilson Witzel ameaça Paes de prisão em debate no Rio

Ex-juiz acusa o adversário de espalhar fake news nas redes sociais

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Rio de Janeiro

O ex-juiz Wilson Witzel (PSC), candidato ao governo do Rio de Janeiro, ameaçou nesta terça-feira (9) prender em flagrante o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) caso seja alvo do que chama de injúria durante algum debate.

Witzel afirma que tem sido vítima de informações falsas circulando nas redes sociais. Ele atribui a divulgação a Paes, que nega.

Wilson Witzel, candidato ao governo do Rio de Janeiro
Wilson Witzel, candidato ao governo do Rio de Janeiro - Mauro Pimentel - 19.set.2018/AFP

“O crime de injúria é de pequeno potencial ofensivo. Está sujeito sim a voz de prisão. O que eu tenho dito é que a política tem sido feita de uma forma irresponsável. Essas fake news… Elas só podem sair de um lado, que é o candidato opositor. Esse tipo de coisa, não vou admitir. Se for praticado crime de injúria durante programa de televisão, nós vamos parar na delegacia”, disse ele.

Paes negou ser o responsável por notícias falsas sobre o adversário, mas disse que ele terá “que aprender que, quando se está na vida pública, somos o tempo todo arguido sobre o que a gente faz ou não”.

“Ser candidato a governador não é ficar dentro de uma sala de juiz assinando e determinando coisas. Todos temos a obrigação de responder. [...] Ele [Witzel] vai ter que aprender que governar não é um ato arbitrário e de autoritarismo”, afirmou ele.

O candidato do DEM criticou ainda o episódio em que uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) foi quebrada na presença de Witzel.

“O assassinato da Marielle é o assassinato de uma cidadã, mas que era uma vereadora e que representava uma luta contra o crime organizado, seja de que forma ele se manifestasse. É inaceitável o gesto do deputado eleito [Rodrigo Amorim] como do candidato a governador”, disse o ex-prefeito.

Witzel afirmou que a morte de Marielle foi um atentado contra a democracia, assim como a facada no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Ele disse ainda que, por ter sido juiz criminal, poderia ajudar “pessoalmente” na investigação do caso.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-RJ, Breno Melaragno, afirmou que a hipótese de prisão por crime de injúria é inexistente.

Ele afirma que o caso pode ser levado à delegacia, como ameaçou o juiz. Mas será registrado num termo circunstanciado, para análise posterior no Juizado Especial Criminal —que analisa casos de baixo potencial ofensivo."Ele está claramente se fazendo valer do fato de ter ocupado um cargo de juiz", afirmou Melaragno.

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