Ex-comandante de missão de paz no Haiti, general será assessor de Toffoli no STF

Ajax Pinheiro substituirá o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que vai para Defesa

Brasília

O general da reserva Ajax Porto Pinheiro foi anunciado nesta terça-feira (27) como o novo assessor especial do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli.

Pinheiro substituirá o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva, que deixa o gabinete no Supremo para comandar o Ministério da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Como Silva, o nome de Pinheiro também foi sugerido a Toffoli pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

O general Pinheiro comandou as tropas internacionais da Minustah nas operações de ajuda humanitária no Haiti, missão que o tornou bastante conhecido. Segundo o currículo informado pela assessoria do Supremo, o militar coordenou a segurança das eleições naquele país em 2015, 2016 e 2017 e socorreu a população atingida pelo furacão Matthew (2016).

O general Ajax Porto Pinheiro, que será assessor de Toffoli no STF
O general Ajax Porto Pinheiro, que será assessor de Toffoli no STF - Danilo Verpa - 29.ago.2017/Folhapress

Antes, Pinheiro foi vice-chefe do DGP (Departamento-Geral do Pessoal) do Exército (de maio a outubro de 2015), onde implantou sistemas de controle para fiscalização de recursos alocados e de aquisição de bens.

Também atuou na área educacional, como diretor de Educação Superior Militar (de agosto de 2013 a maio de 2015) e comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (de maio de 2012 a agosto de 2013).

Nessa função, segundo sua biografia, implantou um programa de racionalização e redução de custos, entre outras medidas administrativas.

Pinheiro foi ainda assessor parlamentar (1998-2000) do Exército e atuou no setor de comunicação social.

Desde antes de assumir a presidência do STF, segundo auxiliares, o ministro Dias Toffoli pediu ao comandante do Exército a indicação de um nome para lhe assessorar na corte. Para pessoas próximas, é uma forma de manter a interlocução com os militares e, ao mesmo tempo, contar com a contribuição técnica dos oficiais para assuntos estratégicos, como políticas de segurança pública.

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