A jornalista Míriam Leitão, colunista do jornal O Globo e comentarista da TV Globo e da GloboNews, defendeu a Folha dos recentes ataques feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante premiação a profissionais da imprensa, nesta segunda-feira (12).
"Quero aqui de público me dirigir a [Maria] Cristina Frias, aqui presente, para dizer que nós queremos a Folha muito viva, assim como todos os veículos de comunicação responsáveis desse país", disse Miriam ao receber o prêmio do portal Jornalistas&Cia de jornalista de economia mais admirada do pais pelo terceiro ano consecutivo.
Maria Cristina Frias é diretora Editorial e de Redação da Folha.
O evento, organizado pelo portal Jornalistas&Cia, aconteceu em São Paulo e contou com 130 convidados.
Em seu discurso, Leitão disse acreditar que o jornalismo econômico terá um papel fundamental a partir do próximo governo, não só para análises e notícias sobre o tema, mas também para as causas sociais, ambientais, de raça, gênero e diversidade. “E nós, profissionais, não podemos fechar os olhos para qualquer tipo de retrocesso”, afirmou.
Não foi a primeira vez que Leitão defendeu o jornal de ataques do presidente eleito. Em 29 de outubro, Bolsonaro atacou a Folha durante entrevista ao Jornal Nacional, da Globo: "Por si só, esse jornal se acabou”, disse o capitão reformado.
"Eu quero um Brasil com a Folha de S.Paulo. Longa vida ao jornal do grande e saudoso Otavinho Frias", disse Leitão pela rede social Twitter, citando o diretor de Redação Otavio Frias Filho (1957-2018), morto em 21 de agosto deste ano.
A premiação do portal Jornalistas&Cia também elegeu uma lista com 52 profissionais mais admirados do ano. Foram premiados, além de Maria Cristina Frias, três profissionais do jornal: os colunistas Mauro Zafalon e Raquel Landim, e a editora de Mercado, Alexa Salomão.
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