Preso, deputado diz que mantém candidatura à presidência da Alerj

Reeleito, André Correa nega as acusações e disse que confia na justiça divina

Italo Nogueira
Rio de Janeiro

O deputado estadual reeleito André Correa (DEM), preso temporariamente nesta quinta-feira (8) na Operação Furna da Onça, afirmou ao chegar à Polícia Federal que mantém sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Correa negou as acusações, disse ter confiança "na Justiça do meu país, na Justiça do meu estado, e, sobretudo, na justiça divina".

Andre Correia, deputado estadual do Rio, é preso durante operação da PF realizada nesta quinta (8)
Andre Correia, deputado estadual do Rio, é preso durante operação da PF realizada nesta quinta (8) - Ian Cheibub/Folhapress

"Estou tão tranquilo que nem advogado tenho", disse ele na PF.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser renovada por igual período ou convertida em preventiva (sem prazo) caso documentos apreendidos na operação indiquem novos fatos que ensejem nova medida cautelar.

Correa agradeceu o apoio de 47 deputados da Alerj à sua candidatura à presidência da Casa. Ele reafirmou o compromisso de retirar do PSOL a presidência da Comissão de Direitos Humanos.

O deputado é suspeito de receber até R$ 100 mil mensalmente do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Ele é ex-secretário de Ambiente na gestão Luiz Fernando Pezão (MDB).

A Furna da Onça investiga o pagamento de um "mensalinho" a deputados da base de Cabral para oferecer uma base de apoio ao governo estadual na Assembleia.

Dez deputados foram alvo de mandados de prisão, sendo três já presos na Operação Cadeia Velha, deflagrada no ano passado.

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