Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

'Se Moro combater a corrupção ajudará o país', diz Fernando Henrique

Ex-presidente recomenda a Bolsonaro prudência na fusão de ministérios

Patrícia Pasquini
São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou sua conta no Twitter para se manifestar sobre a escolha do juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro.

O convite para o cargo foi aceito nesta quinta-feira (1), durante conversa com o presidente eleito Jair Bolsonaro.

Juiz Sergio Moro, que aceitou convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça
Juiz Sergio Moro, que aceitou convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça - Mauro Pimentel/AFP

Fernando Henrique disse que Moro ajudará o país se combater a corrução e que preferiria vê-lo no STF (Superior Tribunal Federal). Ele também recomendou a Jair Bolsonaro prudência na fusão dos ministérios e fez menção ao período Collor como fracasso.

"Moro na Justiça. Homem sério. Preferia vê-lo no STF, talvez uma etapa. Fusões de ministérios sim, com prudência. Já vimos fracassos colloridos. Torço pelo melhor, temo que não, sem negativismos nem adesismos. A corrupção arruína a política e o país. Se Moro a combater ajudará o país", diz o ex-presidente.

Responsável pela Lava Jato em Curitiba, o juiz Sergio Moro foi sondado para compor o ministério de Jair Bolsonaro (PSL) ainda durante a campanha.

Para Sergio Moro, o convite trouxe a chance de “implantar uma agenda importante para o país, observada a Constituição e os direitos fundamentais”.

Em nota, o futuro ministro afirmou que aceitou o convite após uma reunião para discutir políticas para a pasta.

"Fiz com certo pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior", disse Moro.

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