Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Bolsonaro defende exploração de Raposa Serra do Sol

Presidente eleito propõe que terra indígena seja explorada de 'forma racional'

Rio de Janeiro

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, defendeu a exploração “de forma racional” da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

A declaração foi a única dada por Bolsonaro aos jornalistas nesta segunda (17) na saída confusa da inauguração de uma escola da Polícia Militar, no Rio.

“É a área mais rica do mundo [a Raposa Serra do Sol]. Você tem como explorar de forma racional. E no lado do índio, dando royalty e integrando o índio à sociedade", disse o presidente eleito, sem dar detalhes.

Segundo o jornal “Valor”, a equipe de transição preparar um decreto que irá rever a criação da terra indígena.  Estima-se que vivam na região 17 mil índios. Após a disputa entre agricultores e indígenas, o STF decidiu em 2008 manter a demarcação do território de  1.747.464 hectares, obrigando a retirada de não índios do local.

Bolsonaro é crítico em relação à demarcação de terras e já disse que acabaria com o processo em seu governo.

Existem jazidas de nióbio, considerado um recurso estratégico para o presidente eleito. Se misturado ao ferro, cria uma espécie de superliga, mais leve e resistente que o aço comum.

É utilizado em gasodutos, turbinas, chassis de carros e até em foguetes espaciais e reatores nucleares.

Em nota, o CIR (Conselho Indígena de Roraima) defende que a Raposa Serra do Sol é "um direito originário e constitucional dos povos indígenas de Roraima e do Brasil, consagrado na Constituição Federal Brasileira de 1988". 

"É retrógrado achar que indígena em sua terra demarcada não é integrado à sociedade. Pelo contrário, será indígena em qualquer contexto social, cultural e político do país", prossegue a nota.

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