Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Em Davos, Bolsonaro vai mostrar que não é 'Átila, o huno', diz Mourão

Fala do vice faz referência a um conquistador do século 5 que atacou os romanos

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Mourão entra no carro
O presidente interino, general Hamilton Mourão, deixa o gabinete da vice-presidência, no anexo do Planalto, após despachar - Ladeira/Folhapress
Brasília

Ao deixar o Palácio do Planalto nesta segunda-feira (21), o presidente interino, general Hamilton Mourão, disse que o discurso de Jair Bolsonaro em Davos vai mostrar que ele não é "Átila, o huno".

"O discurso do presidente vai ser em cima das reformas da área econômica, que querem ser feitas, principalmente a reforma da previdência, e também mostrar que ele não é o Átila, o huno, é mais um brasileiro que nem nós", disse o vice-presidente.

Jair Bolsonaro durante transmissão de cargo para o vice-presidente, Hamilton Mourão, que o substitui durante viagem do presidente à Suíça
Jair Bolsonaro durante transmissão de cargo para o vice-presidente, Hamilton Mourão, que o substitui durante viagem do presidente à Suíça - Alan Santos - 20.jan.2019/PR

A referência de Mourão é a um famoso conquistador do século 5. Líder dos hunos, povo nômade de origem mongólica, Átila era conhecido como "Flagelo de Deus" e liderou vários ataques a outros povos na Europa e Ásia, inclusive contra o Império Romano —à época já dividido e enfraquecido.

Em sua primeira viagem internacional, Bolsonaro fará na terça-feira (22) um discurso na abertura do Fórum Econômico Mundial, evento anual que reúne a elite política e econômica global nos Alpes Suíços. 

Na tentativa de se apresentar como um democrata e defensor do livre mercado, o presidente abordará temas como a abertura do mercado brasileiro —que inclui sua intenção de promover uma agenda de reformas e privatizações—, combate à corrupção e democracia.

A fala de Bolsonaro é esperada com curiosidade e preocupação pela comunidade internacional que participa do evento. Durante a campanha eleitoral, ele se tornou mundialmente conhecido por um discurso extremista com declarações polêmicas sobre minorias, além de ter repetido diversas vezes que não entende de economia.

Bolsonaro desembarcou na tarde desta segunda em Davos, acompanhado de cinco ministros, entre eles dois fiadores de seu governo, o ministro Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia).

Ao ser questionado sobre ter conversado com o presidente, Mourão disse "ter recebido um zap" de Bolsonaro que, segundo ele, relatou apenas ter chegado bem à Suíça. Quanto a instruções, o vice afirmou apenas que o mandatário recomendou "prudência e caldo de galinha" no exercício da Presidência.

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