Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Joice celebra fim de auxílio de 'malandro' que beneficiou Jair e Eduardo Bolsonaro

O auxílio-mudança foi suspenso nesta quarta-feira (23), em caráter liminar

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São Paulo

A deputada eleita Joice Hasselmann celebrou nesta quinta-feira (24) a decisão judicial que pôs fim ao auxílio-mudança de congressistas reeleitos —benefício que contemplou dois Bolsonaro, o pai Jair, que migrou de deputado federal para presidente, e o filho Eduardo, reeleito para um novo mandato na Câmara.

Os dois receberam, no dia 28 de dezembro, R$ 33,7 mil para despesas com mudança. 

O penduricalho foi suspenso nesta quarta (23), em caráter liminar, pela Vara Federal Cível e Criminal de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. 

Joice foi ao Twitter comemorar: “Uhuuu!! A Justiça Federal proibiu o pagamento do auxílio-mudança pra deputados e senadores reeleitos. GRANDE DECISÃO! Tem mto malandro reeleito q meteu a mão em R$ 33,7mil. Uma manobra imoral e cara!! Quero ver TODOS devolvendo a bufunfa. MUDA BRASIL!!”. 

“Falo por mim. Não preciso mandar recado pra ninguém”, diz Joice à Folha.

“Abri mão do meu auxílio, como prometi, e teria todos os motivos pra receber, uma vez que farei duas mudanças: uma de São Paulo para Brasília, outra do Piauí para Brasília. Tenho casa nos dois estados. Mas tenho responsabilidade com o povo que paga a conta. Acho que os reeleitos que receberam o benefício desrespeitam o dinheiro público e o eleitor. Eu não tenho compromisso com o erro de ninguém.”

Ela, que fará sua estreia parlamentar no dia 1º de fevereiro, já teve rusgas que vieram a público com o futuro colega Eduardo Bolsonaro: chamou-o de infantil, e o filho do presidente respondeu que ela era uma “sonsa” com “fama de louca”, num bate-boca no grupo de WhatsApp que reúne a bancada do PSL.

Os dois acabaram fazendo as pazes com mediação de Onyx Lorenzoni, que dali a semanas viraria ministro da Casa Civil. 

A decisão judicial sobre o auxílio-mudança foi resposta a uma ação popular. O juiz Alexandre Henry Alves determinou que os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, “se abstenham de promover e/ou autorizar qualquer pagamento” a parlamentares que emendaram mandato. 

Diz o magistrado: “Medidas que destoem do real sentido da lei e dos princípios democráticos republicanos, lesando por demasiada os cofres públicos, devem ser coibidos, numa verdadeira forma se trazer o equilíbrio necessário entre a necessidade estatal, a demanda da sociedade e os meios necessários a sua efetiva concretização”.

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