Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Ministérios não devem seguir critério da Casa Civil de 'despetização'

Para integrantes da nova gestão, a medida é vista como apressada

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Brasília
A exoneração de todos os funcionários em cargos de confiança, anunciada pela Casa Civil com o objetivo de "despetizar" a máquina pública, não deve ser seguida por outras estruturas de governo.
 
Na primeira reunião ministerial, na semana passada, três ministros disseram que não reproduziriam a medida. Eles salientaram que iriam, antes de qualquer demissão, analisar o quadro de servidores comissionados.
 
Nesta terça-feira (8), o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, também afirmou que não seguirá o critério da Casa Civil. Segundo ele, a norma que será adotada na pasta é a da capacitação profissional.
 
 
"As exonerações são normais, mas não trabalho com esse sistema, não", disse. "O critério é de capacitação profissional. Eu acho que a pessoa que é ativista de um partido, como PT, é até obrigação moral dela se afastar", acrescentou.
 
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, ressaltou da mesma forma, após tomar posse no cargo, que preservará funcionários da instituição financeira independentemente da filiação partidária. 
 
A medida da Casa Civil de ter demitido em um mesmo dia cerca de 320 funcionários comissionados tem sido criticada até mesmo por integrantes da nova gestão.
 
Para eles, a iniciativa, avaliada como apressada, tem prejudicado o funcionamento de estruturas básicas e desarticulado o corpo técnico da gestão federal.
 
A Comissão de Ética da Presidência da República, por exemplo, foi paralisada, já que a maioria de seus funcionários foi exonerada. Após a polêmica, a Secretaria-Geral informou que renomeará os servidores.
 
As demissões na Casa Civil foram publicadas na quinta-feira (3) no Diário Oficial da União. 
Segundo Onyx, os comissionados passariam por um processo de avaliação com duração de duas semanas.
"Nós tomamos a decisão de correr o risco de ter dificuldade. Vamos governar com aqueles que acreditam em nosso projeto e não colocar alguém que ponha em risco o projeto aprovado nas urnas", disse.
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