Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Para Santos Cruz, não há vantagem nem desvantagem em aumento de militares no governo

Ministro da Secretaria de Governo diz que maior número de oficiais implica maior responsabilidade para a categoria

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Brasília

O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, minimizou nesta terça-feira (15) o aumento do número de militares no novo governo, incluindo áreas vitais da equipe econômica.

Em evento no Palácio do Planalto, ele disse não haver "vantagem nem desvantagem" em uma administração com mais servidores com formação militar.

"Não vejo nada de especial no papel dos militares, não tem nada de especial por ser militar e ter uma função diferente”, disse. 

Segundo ele, o que a população espera é um quadro de funcionários que tenha características como "honestidade, dedicação e integridade".

"A situação de militar não coloca nada demais. Coloca só mais responsabilidade, porque a gente representa uma corporação inteira. O militar tem uma característica que faz parte da instituição total. Quando faz uma coisa errada, não faz só para ele", disse.

Ao todo, o novo governo tem militares no comando de sete ministérios e duas empresas estatais. Segundo técnicos que detêm a história da burocracia federal, já é a maior ocupação na gestão federal por oficiais desde a ditadura.

EBC

A militarização cumpre uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro e está alinhada com a percepção dos brasileiros. 

Hoje a imagem dos militares, de maneira geral, é boa. Pesquisa do Datafolha de 2018 mostra que 78% da população confia nas Forças Armadas, maior índice entre instituições.

O general negou ainda que cogite nomear o jornalista Alexandre Garcia para o comando da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

Com a definição de um militar para o posto de porta-voz do governo, auxiliares presidenciais têm defendido a nomeação do ex-comentarista da TV Globo para o cargo.

"Nunca ouvi falar dessa hipótese. Claro que ele é uma pessoa supercapacitada, mas, por enquanto, não é o assunto corrente", disse à Folha.

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