Tebet decide enfrentar Renan em disputa interna por presidência do Senado

Bancada do MDB se reúne dia 29 para decidir quem do partido disputará comando da Casa

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Brasília

A líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), anunciou nesta segunda-feira (21) que vai disputar com Renan Calheiros (MDB-AL) a indicação do partido sobre quem vai concorrer à presidência da Casa.

Tebet vinha se manifestando mais timidamente nos bastidores, mas foi pressionada a assumir sua candidatura. Já em Brasília, tem recebido senadores durante o recesso.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que também quer disputar a presidência do Senado
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que também quer disputar a presidência do Senado - Eduardo Anizelli - 11.mai.2016/Folhapress


“Devemos absorver o recado das urnas, que clamou por renovação na política e, consequentemente, no Senado”, disse a senadora, que comunicou sua decisão ao presidente nacional do MDB, Romero Jucá.

A bancada emedebista se reúne em 29 de janeiro para definir qual será o nome do partido a participar da disputa. A eleição acontece em 1º de fevereiro.

Até o momento, o nome mais forte do MDB é o do senador Renan Calheiros, que, embora não admita estar na disputa, tem se movimentado para chegar à presidência da Casa pela quinta vez.

Pesa contra Renan a pressão de setores da sociedade que o criticam por considerá-lo “velha política” e por causa das denúncias de corrupção que pesam contra ele.

O alagoano já foi alvo de 18 inquéritos no STF e é personagem recorrente em delações da Operação Lava Jato. Nove casos foram arquivados.

O presidente Jair Bolsonaro defende que o Palácio do Planalto não abrace publicamente nenhuma candidatura à presidência da Câmara e do Senado.

Na Câmara, o PSL, partido de Bolsonaro, já declarou apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Senado, a sigla lançou a candidatura de Major Olímpio (PSL-SP), embora os governistas nutram grande simpatia por Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Alcolumbre é próximo ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas tem contra si o fato de que dificilmente os parlamentares aceitariam as duas Casa sob o comando do DEM.

Além disso, o próprio Jair Bolsonaro jogou luz sobre o nome Fernando Collor (PTC-AL) ao perguntar em um bilhete destinado a Maia se o ex-presidente da República era mesmo candidato.

Na terça-feira (22), Renan desembarca em Brasília para retomar as conversas pessoalmente e afirma que, no fim do mês, vai procurar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para um novo encontro.

Tanto Renan como Tebet já disseram publicamente que não têm interesse na liderança do partido no Senado, caso não disputem a presidência da Casa.

 
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