Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Após criticar indulto, Bolsonaro decide concedê-lo a condenados com doenças graves

Em 2018, presidente disse que benefício não seria dado em seu governo

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O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros
O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros - Marlene Bergamo - 31.jan.19/Folhapress
São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro vai assinar nesta sexta-feira (8) um indulto para pessoas condenadas que tenham doenças graves ou terminais.

A informação foi divulgada pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, em entrevista no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro está internado.

A decisão de assinar o texto foi antecipada pela Folha em janeiro.

O texto teve participação do ministro da Justiça, Sergio Moro, e é internamente chamado de "indulto humanitário". 

Ao longo da campanha eleitoral e no período do governo de transição, Bolsonaro foi crítico à concessão pelo Executivo de indultos.

Ele chegou a dizer que se o ex-presidente Michel Temer concedesse o benefício em 2018, esse seria o último.

Questionado sobre se houve uma mudança no pensamento do presidente em relação ao tema, Rêgo Barros negou.

"Daquele momento para agora foi uma evolução de análise e eu não diria que mudança de posição, houve amadurecimento de posição", afirmou.

Em dezembro, Temer desistiu de última hora de conceder o benefício, que é uma espécie de perdão de pena, geralmente concedido todos os anos, em período próximo ao Natal. 

A prática está prevista na Constituição como atribuição exclusiva do presidente da República.

O ano passado foi o primeiro sem o indulto desde a redemocratização.

A edição do texto que concede perdão a condenados tornou-se uma polêmica especialmente devido à versão assinada por Temer em 2017, que incluiu entre os beneficiários os condenados por corrupção. 

O texto do ex-presidente naquele ano dava liberdade para aqueles que tivessem cumprido um quinto da pena exigido, nos casos de crimes sem violência ou grave ameaça. 




 

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