Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Ministro do Turismo tem a confiança de Bolsonaro, diz porta-voz

Presidente do PSL também saiu em defesa de Marcelo Álvaro Antônio

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São Paulo e Brasília

O porta-voz do governo, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que a escolha de Marcelo Álvaro Antônio como ministro do Turismo indica que ele conta com a confiança do presidente Jair Bolsonaro.

A declaração foi feita ao ser perguntado ao general se a divulgação de que Álvaro Antônio é responsável por patrocinar um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais não causava desconfiança de Bolsonaro. O caso foi revelado pela Folha na segunda-feira (4).

“Não me comentou [sobre o ministro], mas me parece natural que a própria escolha indique a confiança", afirmou Rêgo Barros.

“O presidente fez escolha técnica de seus ministros e se pautou por sua tecnicalidade”, acrescentou, falando que a equipe escolhida por Bolsonaro trabalha em sinergia.

O ministro também foi defendido pelo presidente do PSL e segundo vice-presidente da Câmara, Luciano Bivar (PE).

Em carta divulgada por sua assessoria, Bivar afirma que a imprensa tenta "manchar a reputação do ministro" e diz que a bancada do partido é "entusiasta do projeto que será realizado" por Álvaro Antônio no ministério.

"O caráter e credibilidade de Marcelo, que exerceu com retidão seu mandato de parlamentar, sempre estiveram presentes em sua trajetória pública", diz o texto. 

"Diferentemente das notícias inverídicas divulgadas por veículos desinformados da imprensa, que tentaram manchar a reputação do Ministro, a escolha do nome de Marcelo Álvaro Antônio pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, reforça a importância do setor como política de Estado neste governo", afirma a nota. 

O presidente da sigla diz ainda que o ministro tem apoio irrestrito do PSL.

Entenda o caso

Álvaro Antônio foi exonerado nesta quarta (6) da função ministro para tomar posse como deputado federal, cargo para o qual foi eleito em outubro pelo PSL de Minas.

Inicialmente sem explicações, sua saída gerou desconfianças sobre se teria relação com o esquema de candidaturas laranjas em Minas, que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao gabinete de Álvaro Antônio Câmara.

Após indicação do PSL de Minas, presidido à época pelo próprio ministro, o comando nacional do partido de Bolsonaro repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.

Após a divulgação de sua exoneração, o ministro foi às redes sociais explicar que se tratava de decisão temporária para assumir mandato na Câmara e que ele retornará no dia seguinte ao Ministério.

Álvaro Antônio foi ao Plenário da Câmara em cadeira de rodas, permaneceu apenas o tempo necessário para que fosse cumprido o protocolo da posse e depois deixou a Casa. Ele disse que realizou uma cirurgia na perna, mas que a partir desta quinta estará recuperado para reassumir a pasta do Turismo.

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