PT organiza celebração de 7º dia por irmão de Lula sem presença do ex-presidente

Ato será em frente à PF em Curitiba nesta terça; família realizou missa no domingo em São Bernardo

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São Paulo e Curitiba

O PT marcou para esta terça-feira (5) em Curitiba um ato religioso para lembrar o 7º dia da morte de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do ex-presidente Lula. A celebração será em frente à superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde o petista está preso.

A defesa descarta pedir permissão para o ex-presidente participar da cerimônia, que começará às 18h na Vigília Lula Livre, nome dado à mobilização permanente de apoiadores do lado de fora do prédio onde ele cumpre pena.

Velório de Genival Inácio da Silva, 79, o Vavá, irmão do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, na quarta-feira (30)
Velório de Genival Inácio da Silva, 79, o Vavá, irmão do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, na quarta-feira (30) - Marlene Bergamo - 30.jan.2019/Folhapress

Lula requisitou autorização à Justiça para ir ao velório de Vavá, em São Bernardo do Campo (SP), mas o pedido só foi atendido minutos antes do sepultamento, na quarta-feira (30), por uma decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal).

No despacho, Toffoli liberou o ex-presidente para estar com os familiares, mas determinou que o encontro deveria ocorrer em uma base militar, com esquema rígido de segurança, e que o caixão deveria ser levado ao local, se assim a família quisesse.

O corpo de Vavá foi sepultado em meio a protestos de líderes do partido, familiares e apoiadores, que viram na demora em conceder a autorização uma manobra para impedir Lula de sair da prisão e se despedir do irmão

Dirigentes da sigla como a senadora Gleisi Hoffmann (PR) disseram que o Judiciário desrespeitou a Lei de Execução Penal, que prevê que condenados que cumprem pena em regime fechado podem obter autorização para ir ao funeral de parentes de primeiro grau.

A juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente, e o TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região negaram o pedido após relatório da PF que apontou risco à ordem pública e à integridade física de Lula.

A decisão de Toffoli, criticada por membros do PT por ter sido dada quando já não havia mais tempo para Lula se deslocar até São Bernardo, abria a possibilidade de que o petista se encontrasse com os familiares mesmo após o sepultamento do irmão.

A hipótese, no entanto, foi descartada de imediato pelo entorno do ex-presidente. Horas antes, a legenda chegou a oferecer um avião para transportar o petista e os agentes de segurança.

Uma missa de sétimo dia foi realizada neste domingo (3) em São Bernardo. Ela ocorreu no Santuário Nossa Senhora Aparecida, perto do Cemitério Pauliceia, onde o corpo foi enterrado na semana passada.

A cerimônia foi tratada com discrição e ficou restrita a familiares e amigos mais próximos.

Já a celebração marcada para esta terça em Curitiba, descrita pelos organizadores como um ato inter-religioso, reunirá, de acordo com representantes do partido de Lula, caravanas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Parentes do ex-presidente também devem comparecer.

"Venha se solidarizar com Lula, que foi impedido de velar seu irmão", diz a convocação espalhada pelos militantes.

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