Em sua terceira transmissão ao vivo pelas redes sociais como presidente, Jair Bolsonaro evitou o nome de Michel Temer, elogiou Tereza Cristina, ministra da Agricultura, por revogar instruções normativas que permitiam importação de bananas do Equador e comentou sua viagem aos Estados Unidos.
No começo da live, o presidente agradeceu aos que o desejaram feliz aniversário. Antes de embarcar para o Chile, Bolsonaro, que completa 64 anos nesta quinta, desceu do carro para receber cumprimentos de pessoas que foram até a porta da residência oficial da Presidência para celebrar a data.
No Chile, Bolsonaro falou por mais de trinta minutos ao lado do porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, o chefe do GSI, general Augusto Heleno, o deputado Hélio Lopes e Wagner de Campos Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União.
CICLONE EM MOÇAMBIQUE
Jair Bolsonaro lamentou o ciclone que atingiu Moçambique. Ele já havia se manifestado sobre o caso pela sua conta oficial no Twitter.
“Ligamos ao presidente Filipe Nyusie e nos solidarizamos com a situação e nos colocamos à disposição”, disse durante a transmissão.
VISITA AOS ESTADOS UNIDOS
O presidente comentou sobre a viagem aos Estados Unidos e o encontro com o presidente americano Donald Trump. “Foi uma viagem que foi muito proveitosa, fomos recebidos muito bem pelo governo norte-americano”, disse.
Bolsonaro voltou também a fazer críticas à mídia, citando que a ida de seu filho ao encontro com Trump não foi um desprestígio ao chanceler Ernesto Araújo. "Não tem nada a ver, levam sempre pro lado da maldade", afirmou.
Sobre o acordo da base de Alcântara, no Maranhão, que permite seu uso comercial para o lançamento de satélites, mísseis e foguetes, o presidente citou que agora depende da Câmara e do Senado para fazê-la funcionar. “Queremos oferecer aos quilombolas trabalho lá em Alcântara”, afirmou.
O presidente também comentou sobre a sinalização de Donald Trump sobre o Brasil ser um membro pleno da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e abertura de vistos para americanos sem contrapartida –sobre o último, ele afirmou que o fluxo de turistas compensará a perda financeira do acordo unilateral.
BANANAS DO EQUADOR
O presidente elogiou Tereza Cristina, ministra da Agricultura, por revogar instruções normativas que permitiam importação de bananas do Equador. “Vamos buscar fazer parcerias [com o Equador] em outras áreas, mas ficava realmente difícil a gente entender”, disse sobre a importação.
PRISÕES DE AUTORIDADES
Sem citar o nome do presidente Michel Temer, preso nesta quinta-feira, Jair comentou "prisões de autoridades" e disse que "é comum" chefes do executivo participarem de esquemas que geram "ineficiência do estado e corrupção".
“Por que essas prisões, basicamente? É pela forma de buscar governabilidade”, disse.
Ao desembarcar no chile nesta quinta, Bolsonaro fez declaração na mesma linha comentando a prisão do ex-presidente. "O que levou a essa situação, parece, foram os acordos políticos em nome da governabilidade, mas a governabilidade você não faz com esse tipo de acordo. No meu entender, você faz chamando pessoas sérias e competentes para integrar o seu governo, como eu fiz", disse.
VIAGEM AO CHILE
O presidente se reunirá, no Chile com representantes de outros dirigentes da região para formação do Prosul, uma aliança liderada por Piñera com intuito de esvaziar de vez a Unasul, criada pelo governo do ex-presidente Lula.
“Vamos botar um ponto final na Unasul, que sempre foi o o nome de fantasia do Foro de São Paulo”, disse durante a transmissão.
PREVIDÊNCIA
Bolsonaro comentou também a reforma da previdência. “Eu, no fundo, não gostaria de fazer a Reforma da Previdência, mas, se não fizesse estaria agindo de forma irresponsável”.
Sobre a proposta de reforma das regras de aposentadoria dos militares, que gerou mal estar no Congresso, o presidente disse que é preciso "levar em conta não só o que foi apresentado agora, mas o que estava apresentado pelo governo Michel Temer, Michel Temer não, Fernando Henrique Cardoso em 2000”, afirmando que leva em consideração "o que nós [militares] perdemos lá atrás".
ÍNDICE DE APROVAÇÃO
"Fui massacrado na Globo falando do índice de aprovação meu", disse durante tranmissão. A avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência caiu 15 pontos percentuais desde o começo do mandato, segundo levantamento do Ibope divulgado nesta quarta-feira (20).
Em tom crítico, o presidente disse que esse índice tem a mesma credibilidade que as pesquisas eleitorais.
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