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Deputada diz a governo de Portugal que denunciante do laranjal corre risco no Brasil

Alê Silva reforça pedido de asilo feito por Cleuzenir Barbosa; ministro do Turismo nega ameaças

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Brasília

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) encaminhou ofício a autoridades portuguesas relatando a existência de esquema de candidaturas de laranjas na eleição de 2018 e dizendo que uma das denunciantes do caso corre risco de vida caso retorne ao Brasil.

Alê Silva fez o documento para reforçar um pedido de asilo político feito por Cleuzenir Barboza (PSL-MG).

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG)
A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) - Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Candidata nas últimas eleições a deputada estadual, Cleuzenir disse à Folha que o PSL montou um esquema de lavagem de dinheiro público pela sigla no estado e que o ministro sabia.

Ela apresentou denúncia ao Ministério Público e afirmou ter sido ameaçada. Cleuzenir se mudou com o filho para Portugal no ano passado. Em 2 de abril deste ano, fez o pedido de asilo político, que está sob análise do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras daquele país.

O caso dos laranjas foi revelado pela Folha em fevereiro. Uma série de reportagens desde então mostraram que Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, patrocinou um esquema de candidaturas de fachada que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.

Alê Silva afirmou que recebeu relatos de que Álvaro Antônio a ameaçou de morte. O ministro nega e afirma que a deputada move contra ele uma campanha difamatória devido a disputa de poder no PSL de Minas.

No ofício a autoridades portuguesas, Alê escreveu que houve uma tentativa de “envolver a ora requerente [Cleuzenir] num esquema de fraudes, denominado 'laranjas' e que, por não compactuar com esse tipo de procedimento, ela se viu obrigada a fazer a respectiva denúncia aos órgãos públicos competentes, ainda que isso lhe custasse a sua saída de sua terra natal.” 

A parlamentar disse que sua manifestação se dá para reforçar a necessidade do asilo, “em razão de eu conhecer de perto os fatos e de ter plenas convicções dos riscos à vida e à integridade física da requerente e se deu filho caso permaneçam no Brasil”.

Em resposta enviada por sua assessoria, Álvaro Antônio afirma que posturas agressivas ou ameaçadoras não guardam relação com sua história de vida. "Mais uma vez, atribuem a mim comportamentos e atitudes que distorcem completamente da minha pessoa", disse o ministro.

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