Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Bolsonaro afirma que atos a favor de reformas impopulares foram históricos

Presidente afirma que tentativa minimizar manifestações espontâneas é injustificável

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda (27) que as manifestações do dia anterior em defesa de seu governo e de pautas como a reforma da Previdência foram significativas e históricas.

"O que vimos ontem [domingo] foi extremamente significativo e histórico. Não podemos ignorar", escreveu o presidente em redes sociais.

Ao fazer a afirmação, Bolsonaro disse que as manifestações ocorreram em meio a "desinformação e falta de apoio de diversos setores", sem fazer menções diretas —na prática, houve rachas em grupos de direita e no próprio partido do presidente.  

O presidente Jair Bolsonaro durante culto no domingo em igreja evangélica no Rio ; ao fundo, bandeira do Brasil
O presidente Jair Bolsonaro durante culto no domingo em igreja evangélica no Rio - Fernando Frazão - 26.mai.19/Agência Brasil

Em uma sequência de três postagens no Twitter, Bolsonaro destacou ainda o fato de os atos terem entre as pautas a defesa da agenda de reformas do governo, em especial a da Previdência.

"Quando imaginaríamos uma manifestação expressiva a favor de reformas consideradas impopulares? A população mostrou-se extremamente consciente. A peculiaridade deste evento torna injustificável qualquer tentativa de minimizá-lo", escreveu.

Bolsonaro aproveitou as publicações para fazer críticas à esquerda.

"Devemos considerar que não há no país outro movimento com estrutura tão sólida e organizada quanto a esquerda que por décadas ocupou espaços e aparelhou instituições para chegar onde chegou. Conseguir o mesmo espontaneamente, inspirando-se apenas no bem comum, supera tudo isso", escreveu.

Manifestações

No domingo, com a direita rachada, as manifestações pró-governo Bolsonaro realizadas pelo país exaltaram projetos encampados pelos ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) e concentraram críticas não só no centrão, alvo já esperado, como no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Os atos foram impulsionados pelo próprio Bolsonaro, que, apesar das recomendações de integrantes do governo para que mantivesse distanciamento, estimulou a mobilização ao espalhar imagens em redes sociais e dizer que ela era um "recado àqueles que teimam com velhas práticas".

Ao levar milhares de pessoas às ruas em ao menos 140 cidades, as manifestações superaram a expectativa de aliados do governo em meio ao racha de grupos de direita e ao temor de fracasso devido ao desgaste popular de Bolsonaro nos primeiros meses de mandato. 

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