Começa nesta quinta-feira (27), às 9h15, a série de debates, palestras e cursos do 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, que vai até domingo (30) no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, na zona sul de São Paulo.
A abertura será uma entrevista com o ex-secretário de Governo de Jair Bolsonaro, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido há duas semanas.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, cancelou há uma semana a sua participação, após a publicação pelo site The Intercept Brasil de mensagens atribuídas ao ex-juiz e a procuradores da Lava Jato.
O evento anual da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) reunirá diversos profissionais ligados à Folha.
Já nesta quinta o repórter e analista de dados Raphael Hernandes faz uma oficina para mostrar como o jornalista pode proteger suas fontes e informações pessoais das principais ameaças na internet. E os repórteres Diego Garcia e Catia Seabra falam sobre os bastidores da série que revelou a contratação pela CBF de uma empresa de paraíso fiscal.
Na sexta (28), a editora de Diversidade, Paula Cesarino Costa, discute por que as redações brasileiras precisam investir em diversidade étnica e de gênero. A repórter Fernanda Mena debate como abordar vítimas, seus parentes e os parentes de agressores na cobertura de ataques a escolas. Taís Gasparian, advogada da Folha, fala sobre a confusão em torno de "fake news" e o risco de estimular a censura. E a repórter Patricia Campos Mello trata dos ataques ao próprio jornalismo e do recurso à Justiça.
No sábado (29), o repórter Igor Gielow aborda como cobrir as Forças Armadas. Rodrigo Vizeu, editor de Podcast, discute as melhores práticas para esse formato. O repórter Nelson de Sá debate como cobrir um governo que estigmatiza o jornalismo.
O editor-assistente de mídias sociais Mateus Camillo comenta as threads (recurso de sequência narrativa) da Folha no Twitter. E Daniela Lima, editora do Painel, trata de um dos principais instrumentos no dia a dia dos profissionais, o "off" (off-the-record, direito de toda fonte de permanecer no anonimato).
No domingo, Daniel Mariani relata como o DeltaFolha, grupo de jornalismo de dados, criou o GPS Ideológico, que categorizou influenciadores e seus seguidores no Twitter para compreender melhor o debate politico.
Nesta quinta, às 16h30, haverá uma homenagem da Abraji à jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo e comentarista da Rede Globo, do canal de notícias GloboNews e da rede de rádio CBN.
Confira algumas das mesas e participações no 14º Congresso da Abraji (*)
Quinta, 27
9h15 - "Oi, aqui é o hacker": saiba o que fazer para nunca receber essa mensagem, com Raphael Hernandes
11h15 - Drible na licitação: o esquema da CBF para vender direitos de transmissão do Brasileiro, com Diego Garcia e Catia Seabra
Sexta, 28
14h - Por que as redações brasileiras precisam investir em diversidade, com Paula Cesarino Costa
14h - Cobertura de massacres: limites e cautelas, com Fernanda Mena
14h - A confusão sobre o que é "fake news" e o risco de censura: liberdade de expressão em xeque, com Taís Gasparian
16h - Jornalismo sob ataque: em que ponto o assédio online vira assunto para a Justiça?, com Patricia Campos Mello
Sábado, 29
9h - Como cobrir as Forças Armadas, com Igor Gielow
9h - Podcast, um novo caminho para o jornalismo político, com Rodrigo Vizeu
10h30 - Siga o fio da meada: por dentro das threads da Folha, com Mateus Camillo
14h - Imprensa e bolsonarismo: o desafio de cobrir um governo que estigmatiza o jornalismo, com Nelson de Sá
14h - A ética do off, com Daniela Lima
Domingo, 30
12h05 - Como fizemos: G1, Folha e Estadão revelam bastidores de três reportagens de dados, com Daniel Mariani
* A programação completa, que pode sofrer alterações, está disponível no site congresso.abraji.org.br/Salas; para se inscrever: congresso.abraji.org.br
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