PT também fez disparos em massa na campanha eleitoral de 2018

Partido foi multado pela Justiça Eleitoral por impulsionar site com ataques a Bolsonaro

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

O PT também usou um sistema de envio de mensagens em massa na campanha à Presidência da República do ano passado, conforme revelou o UOL em outubro.

Nesta terça-feira (18), reportagem da Folha mostrou que o dono de uma agência de marketing na Espanha afirmou em gravação que empresas brasileiras contrataram sua firma em 2018 para fazer disparos em massa de mensagens políticas a favor do então presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Em março deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral multou a campanha de Fernando Haddad em R$ 176,5 mil por ter impulsionado um site com ataques a Bolsonaro no mecanismo de busca do Google. 

Na decisão, o ministro Edson Fachin considerou que o impulsionamento feriu a lei eleitoral e causou desequilíbrio na disputa. 

Ele disse que documentos comprovaram que a campanha de Haddad contratou uma empresa para que o site intitulado “A Verdade sobre Bolsonaro” aparecesse nos primeiros lugares na busca pela plataforma na internet. 

O site veiculava trechos negativos de uma reportagem do jornal americano The New York Times sobre o candidato do PSL.

A defesa da campanha de Haddad sustentou que o conteúdo dizia respeito apenas à “reprodução de matéria jornalística amplamente divulgada, que se mostrou inapta a desequilibrar a disputa eleitoral”.

Fachin negou esse argumento e afirmou que a legislação eleitoral permitia o impulsionamento na internet “apenas com o fim de promover ou beneficiar candidatos ou suas agremiações”.

Na ocasião, Haddad manifestou “incredulidade e surpresa” pela decisão de Fachin e afirmou que ele próprio foi vítima de fake news ao longo da disputa eleitoral.

Também nesta terça, Jair Bolsonaro disse, a respeito do assunto: "Teve milhões de mensagens a favor da minha campanha, e talvez alguns milhões contra também.”

A reportagem da Folha mostrou que Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps, disse que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiros compraram seu software com esse objetivo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.