Manuela D'Ávila depõe sobre caso de hacker e entrega celular à PF

Ex-deputada foi apontada por suspeito de hackear autoridades como ponte com o jornalista Glenn Greenwald

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São Paulo | UOL

Manuela D'Ávila (PC do B), ex-candidata à Vice-Presidência e ex-deputada, depôs nesta quarta-feira (28) e entregou seu celular à Polícia Federal sobre sua suposta relação com os hackers suspeitos de terem invadido celulares de autoridades.

"Ontem [quarta-feira], entreguei, voluntariamente, meu celular para a PF. Eu já havia entregue os prints de todas as conversas. Ontem, entreguei as informações do telefone para que fique comprovado a veracidade das informações que prestei voluntariamente em meu depoimento. Por que ninguém mais entregou o telefone?", escreveu em sua conta no Twitter.

A então candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila durante ato de campanha, em setembro de 2018
A então candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila durante ato de campanha, em setembro de 2018 - Marlene Bergamo - 24.set.18/Folhapress

Há duas semanas, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou a convocação de Manuela para prestar esclarecimentos. O requerimento partiu do deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

No final de julho, em depoimento à Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', apontado como líder do grupo que teria invadido celulares de centenas de pessoas, afirmou que Manuela foi a ponte entre os hackers e o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

Manuela confirmou no mesmo dia que, de fato, fez a intermediação. Contudo, conforme nota publicada em suas redes sociais, a ex-candidata disse que não tinha conhecimento da identidade da pessoa que a procurou. Ela ainda se colocou "à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração".

Glenn e o veículo no qual trabalha, o The Intercept Brasil, vêm publicando uma série de reportagens sobre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato com base em mensagens privadas no aplicativo Telegram. As conversas divulgadas colocaram em dúvida sua imparcialidade como juiz no julgamento dos processos da Lava Jato.

Em seu depoimento, Delgatti afirmou que não editou as mensagens enviadas ao jornalista e não cobrou pelas informações.

Ele disse ainda que procurou Glenn por conta de sua atuação no caso de Edward Snowden, que envolveu vazamentos de dados sigilosos do governo dos Estados Unidos.

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