Desembargador do RJ é alvo de operação sob suspeita de venda de sentença

Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Siro Darlan

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Rio de Janeiro

O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é alvo nesta terça-feira (24) da Operação Plantão, que investiga a venda de liminares pelo magistrado.

A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao desembargador, entre eles o gabinete no TJ-RJ e sua residência. As ordens foram cumpridas por determinação do ministro Luiz Felipe Salomão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), egresso do TJ-RJ.

O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é alvo da Operação Plantão, que investiga a venda de liminares pelo magistrado - Rafael Andrade - 19.ago.2011/Folhapress

Reportagem do jornal O Globo do ano passado apontou que Darlan era alvo de um inquérito sob suspeita de receber até R$ 50 mil para conceder habeas corpus a investigados presos sob suspeita de irregularidades na Câmara dos Vereadores de Resende (RJ).

A Procuradoria-Geral da República, responsável pelo pedido de busca e apreensão, afirmou que não poderia se manifestar em razão do sigilo judicial do caso.

Darlan é um desembargador conhecido por conceder habeas corpus em casos rumorosos. Recentemente, tirou da prisão os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. O magistrado também soltou no plantão judicial manifestantes acusados de crimes nos atos de 2013.

O magistrado também ficou conhecido por sua atuação no Juizado da Infância e Adolescência.

Ele declarou, por meio de nota, que a operação é "uma ação cotidiana na Justiça".

"Ao longo de sua atividade como magistrado, [Darlan] determinou inúmeras buscas e apreensões e em muitas delas nada do que se esperava encontrar foi encontrado", afirma a nota. 

No comunicado, ele disse ter "certeza de que dessa busca e apreensão nada se encontrará, porque nada deve". "Trata-se de ilações e requentamento de velhas e levianas acusações jamais comprovadas", disse o magistrado.

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