No primeiro 7 de Setembro da gestão Jair Bolsonaro, um vídeo de 3 minutos e meio produzido pelo governo mostra famílias, pessoas com deficiência física, um imigrante e os 22 ministros cantando trechos do hino nacional.
O vídeo começa com uma família negra, pai, mãe e três filhos, com a bandeira do Brasil ao fundo. Famílias brancas e até uma indígena se revezam nas imagens em que a maior parte dos participantes vestem verde-amarelo ou seguram bandeiras do Brasil.
Um homem negro com leve sotaque, aparentemente um imigrante, canta a parte do hino que diz "conseguimos conquistar com braço forte".
Nenhum representante da comunidade LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) aparece no vídeo.
Todo o gabinete de Bolsonaro participou da iniciativa, que foi produzida e distribuída pela EBC para programação do feriado e também circulou nas redes sociais do governo.
O primeiro a parecer é o próprio Bolsonaro, que um segundo mais adiante também entoa o verso "verás que o filho teu não foge à luta".
Ele é seguido do vice, Hamilton Mourão, e de Abraham Weintraub (Educação), que também é músico (toca saxofone e gaita e já postou vídeos cantando em suas redes sociais).
Coube a Sergio Moro (Justiça) cantar o trecho que diz "se ergues da Justiça a clava forte" e o último ministro, Paulo Guedes, preferiu declamar e não cantar o verso "não teme quem te adora, a própria morte".
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, encerra o produto de propaganda verde-amarela não cantando, mas traduzindo as palavras do hino para a linguagem de libras, para surdos, cuja inclusão é a sua maior bandeira.
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