Entenda o que é o Sínodo da Amazônia, liderado pelo papa Francisco

Encontro para a região amazônica aborda temas polêmicos para a igreja, como ordenação de homens casados

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Roma

Desde o último domingo (6), a Igreja Católica realiza o Sínodo da Amazônia, evento que reúne 250 participantes, dentre eles 184 bispos e 35 mulheres.

A reunião de líderes católicos discute a situação da igreja na região amazônica e questões ligadas ao meio ambiente e aos povos indígenas. Temas polêmicos como a permissão para que homens casados sejam sacerdotes e para que mulheres possam comandar cerimônias religiosas serão debatidos.

Abaixo, entenda o que é o Sínodo da Amazônia, que segue até o dia 27. 

 
Papa Francisco durante encontro no Vaticano com o líder indígena Raoni - Vatican Media-27.mar.19/AFP

O que é sínodo
O Sínodo dos Bispos é uma reunião episcopal de especialistas. Convocado e presidido pelo papa, discute temas gerais da Igreja Católica (como juventude, em 2018), extraordinários (considerados urgentes) e especiais (sobre uma região). Instituído em 1965, acontece neste ano pela 16ª vez.

 
Especial Amazônia
Anunciado em 2017 pelo papa Francisco, o Sínodo da Amazônia trata de assuntos comuns aos nove países do bioma, organizados em dois eixos: pastoral católica e ambiental. Depois de meses de escuta da população local, bispos e demais participantes se reúnem entre 6 e 27 de outubro, no Vaticano.
 
Para que serve
O sínodo é um mecanismo de consulta do papa. Os convocados têm a função de debater e de fornecer material para que ele dê diretrizes ao clero, expressas em um documento chamado exortação apostólica. As últimas duas exortações pós-sinodais foram publicadas cerca de cinco meses depois de cada assembleia.

Quem participa
O Sínodo da Amazônia reúne 185 padres sinodais (como são chamados os bispos participantes), sendo 57 brasileiros. Além dos bispos da região, há convidados de outros países e de congregações religiosas. Também participam líderes de outras comunidades cristãs, da população e especialistas —no total, há 35 mulheres. O papa costuma presidir todas as sessões.

Principais polêmicas
Este sínodo tem recebido críticas do governo brasileiro, incomodado com o viés ambiental e pressionado pela situação na Amazônia, e da ala conservadora da igreja, que vê como inapropriado o debate sobre a ordenação de homens casados como sacerdotes, a criação de ministérios oficiais para mulheres e a incorporação de costumes indígenas em rituais católicos.

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