Lula diz que leu mais de 40 livros na prisão e cita biografias de Marighella e Chávez

Informações foram publicadas pelo ex-presidente como parte de brincadeira que movimenta redes sociais

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aderiu a uma brincadeira nas redes sociais e listou fatos literários ligados ao período de 580 dias em que ficou preso, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

O petista disse que leu mais de 40 livros na prisão e citou, entre os títulos, as biografias do guerrilheiro Carlos Marighella, do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, do ditador cubano Fidel Castro e do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. 

"Sou fascinado por biografias", escreveu Lula. Segundo ele, Fernando Morais, "biógrafo de Olga, Paulo Coelho e Assis Chateaubriand", está escrevendo uma biografia dele desde julho de 2011 e prometeu lançá-la ainda neste ano.

As informações foram publicadas na conta oficial do petista no Twitter na terça (14), com o título "5 fatos literários sobre mim", brincadeira nas redes que tem feito sucesso nos últimos dias.

Ex-presidente Lula concede entrevista exclusiva à Folha e ao jornal El País, na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o petista estava preso - Marlene Bergamo/Folhapress - 26.abr.2019

No primeiro tuíte, Lula afirmou: "Quando recebi o primeiro, Um Defeito de Cor, de 952 páginas, me questionei por quanto tempo ficaria preso".

O romance brasileiro de Ana Maria Gonçalves conta a história da viagem da África para o Brasil de uma idosa em busca de seu filho.

O ex-presidente listou, entre seus preferidos no período, "O Amor nos Tempos do Cólera", do colombiano vencedor do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, "A Elite do Atraso", de Jessé Souza, "A Fome", de Martín Caparrós, "O Petróleo: Uma História Mundial de Conquistas, Poder e Dinheiro", de Daniel Yergin, "Sapiens: Uma Breve História da Humanidade", do best-seller Yuval Harari, e "Escravidão", de Laurentino Gomes.

Durante a prisão, de abril de 2018 a novembro de 2019, Lula não requisitou nenhum benefício para o encurtamento da sua pena. Poderia, de acordo com a Lei de Execução Penal, ter feito resumo das obras e com isso teria abatido dias de prisão.

Além do caso do tríplex, Lula foi condenado em segunda instância no caso do sítio de Atibaia (SP). Acabou saindo da prisão após novo entendimento fixado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a favor da prisão de condenados apenas depois do trânsito em julgado (fim dos recursos).

Em sua conta no Twitter, Lula ainda citou a publicação do livro "A Verdade Vencerá", com uma longa entrevista concedida pelo ex-presidente. "Publiquei um livro pela editora @editoraboitempo. A Verdade Vencerá foi best seller em 2018 e acaba de lançar uma segunda edição ampliada", disse. 

Não é a primeira vez que as leituras de Lula na prisão movimentam as redes.

No dia 3 de junho de 2018, sua conta oficial tuitou: "Preso político há 57 dias, o presidente Lula já leu 21 livros nesse intervalo, leituras que compreendem dos romances à política. Atualmente, lê O Voto do Brasileiro, de Alberto Carlos Almeida". A publicação motivou questionamentos de internautas sobre a procedência da informação.

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