Descrição de chapéu Eleições 2020

PT contradiz sua assessoria e nega aliança com PSDB, DEM e PSL

Mudança foi publicada horas depois em nota da Comissão Executiva Nacional do partido

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Rio de Janeiro

O PT divulgou, na madrugada deste sábado (8), nota em que contesta informação repassada por sua assessoria e descarta a qualquer possibilidade de aliança com PSDB e DEM nas eleições municipais deste ano.

Segundo relato da assessoria do partido a jornalistas, o comando petista autorizou, nesta sexta-feira (7), alianças com centrão, PSDB, DEM e até PSL em cidades onde PT ou seus aliados históricos encabecem a chapa.

Gleisi Hoffmann discursa com um microfone à mão. Um grupo de pessoas está ao seu lado e atrás, ouvindo o discurso. Eles estão em um palco. É possível ver, abaixo deles, mãos de pessoas fazendo registros da cena com celulares
A deputada federal Gleisi Hoffmann discursa após ser reeleita presidente nacional do PT (Partido dos Trabalhadores) - Jardiel Carvalho/Folhapress - 24.nov.2019

Em sua primeira reunião de 2020, a Executiva Nacional do PT aprovou uma resolução listando PC do B, PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP como parceiros preferenciais.

“Nas situações em que o PT não encabeça a chapa e o candidato seja de um partido que não integre o espectro citado acima, somente serão permitidas alianças táticas e pontuais se autorizadas pelo diretório estadual, desde que candidato tenha compromisso expresso com a oposição a Bolsonaro e suas políticas”, afirma o texto.

Ainda segundo o texto, outra condição para o PT subir em palanque fora de sua parceria histórica é que o candidato “não tenha práticas de hostilidade ao PT e aos presidentes Lula e Dilma”.

Segundo o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, a decisão do PT representava uma ampliação da política de alianças do partido. Ao falar sobre DEM e PSDB, petistas citam o exemplo de Minas Gerais, onde os dois partidos se aliam ao PT em cidades do interior.

A resolução é produto de contribuições sobre um texto-base apresentado pela cúpula do partido. A versão original citava, expressamente, o PSL, o Novo e a Aliança para o Brasil como partidos com os quais o PT está proibido de fechar alianças. No documento final, seus nomes foram suprimido da lista de vetados.

Questionada sobre a supressão, a assessoria repetiu não estar descartada a aliança desde que respeitadas as condições impostas pelo partido.

Como o texto trazia uma dubiedade ao afirmar que “o PT Nacional decide que não ocorram alianças com os partidos que sustentam o projeto ultraneoliberal (DEM, PSDB) e veta qualquer aliança com aqueles que representam o extremismo de direita em nosso país”, a assessoria foi instada a esclarecer a diferença de tratamento.

De acordo com a assessoria do partido, a menção ao DEM e ao PSDB foi uma tentativa de explicitar que os dois partidos não integram a extrema-direita, admitindo-se a possibilidade de aliança.

Quatro horas após a publicação da informação em sites de noticias, a assessoria de imprensa do PT divulgou uma nota esclarecendo seu equívoco.

"A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida no Rio ontem (7 de fevereiro), definiu que a politica de alianças do partido para as eleições municipais exclui os partidos que sustentam a política ultraneoliberal do governo Bolsonaro (DEM e PSDB) e veta composições com os partidos de extrema-direita. O PT definiu como centro estratégico eleitoral “a construção de alianças com PC do B, PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP.”, diz a nota.

E acrescenta:

"Alianças com outros partidos podem ser feitas, onde o PT tenha candidatos a prefeito, desde que autorizadas pelo Diretório Estadual, mas não podem incluir os partidos ultraneoliberais e os de extrema-direita, diferentemente do que foi noticiado pela imprensa”.

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