A Folha divulgou na tarde desta sexta-feira (3) uma nova pesquisa Datafolha sobre a avaliação dos brasileiros em relação ao desempenho na crise do coronavírus do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do Ministério da Saúde, além de governadores e prefeitos.
Segundo a pesquisa, a aprovação da condução da crise do coronavírus pelo Ministério da Saúde disparou, e já mais do que o dobro da registrada por Bolsonaro. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior à do presidente.
A pesquisa nacional foi realizada de quarta-feira (1º) até a manhã desta sexta-feira (3). O levantamento foi feito por telefone, para evitar com contato dos entrevistadores com o público em meio à pandemia, assim como na pesquisa realizada há duas semanas.
O novo levantamento foi divulgado um dia após o presidente ter afirmado que está "faltando humildade" ao ministro da Saúde.
"O Mandetta quer fazer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo. Pode ser. Mas está faltando um pouco mais de humildade para ele, para conduzir o Brasil neste momento difícil que encontramos e que precisamos dele para vencer essa batalha”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan.
Segundo Bolsonaro, o ministro "extrapolou" no enfrentamento da pandemia do coronavírus e teria, em alguns momentos, que "ouvir mais o presidente da República".
Procurado pela Folha, o ministro da Saúde afirmou que não iria comentar. "Nunca fiz nenhum comentário sobre as ações dele. Não se comenta o que o presidente da República fala." E completou: "Não comento o que o presidente da República fala. Ele tem mandato popular, e quem tem mandato popular fala, e quem não tem, como eu, trabalha".
Na pesquisa anterior, que ouviu 1.558 pessoas de 18 a 20 de março e com margem de erro de três pontos para mais ou para menos, Bolsonaro teve a sua gestão na pandemia aprovada por 35%, enquanto governadores eram vistos como ótimos ou bons em seu trabalho por 54%. Mesmo o Ministério da Saúde era mais bem avaliado que o presidente: 55% aprovavam o trabalho da pasta de Mandetta.
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