Para evitar manifestações, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decretou na noite deste sábado (13) o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e pedestres entre 0h e 23h59 deste domingo (14).
A Esplanada tem sido palco de manifestações aos domingos nos últimos meses, principalmente de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Além dos riscos sanitários que as aglomerações representam, Rocha alegou o conteúdo antidemocrático por parte de alguns manifestantes para adotar a medida.
Para este domingo havia uma expectativa de acontecerem atos não só pró-Bolsonaro, mas também protestos convocados por grupos opositores.
De acordo com a decisão do Governo do DF, o acesso aos prédios públicos federais no local somente será permitido a autoridades e servidores públicos federais identificados e que estejam em serviço.
As manifestações em Brasília passaram a acontecer à medida em que investigações contra o chefe do Executivo e aliados avançaram no STF (Supremo Tribunal Federal), e adversários intensificaram as críticas sobre a capacidade de o governo federal lidar com as crises sanitária e econômica decorrentes da pandemia do coronavírus.
Em uma das manifestações mais recentes, Bolsonaro chegou ao local de helicóptero e andou a cavalo —o animal era da Polícia Militar do DF.
Neste sábado, a PM desmobilizou acampamentos de grupos bolsonaristas instalados no local, incluindo o do “300 dos Brasil”, da ativista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter.
Como justificativas para a medida, Ibaneis Rocha considerou: 1) As aglomerações verificadas nos últimos dias na Esplanada dos Ministérios, que contrariam as medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus; 2) Parte das manifestações realizadas nessas aglomerações tem declarado conteúdos anticonstitucionais; e 3) As ameaças declaradas por alguns dos manifestantes aos Poderes constituídos.
O governador afirmou ainda no decreto que manifestações na Esplanada dos Ministérios poderão ser admitidas, desde que comunicada com antecedência e devidamente autorizada pelo secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.
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