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Partidos de oposição pedem para adiar ida às ruas contra Bolsonaro

Líderes das bancadas de PSB, PDT, PT, Cidadania e PSD no Senado avaliam que não é o momento de realizar manifestações

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Brasília

Partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) publicaram nesta quinta-feira (4) nota pedindo que as pessoas não compareçam às manifestações previstas para o próximo domingo (7).

Líderes das bancadas de PSB, PDT, PT, Cidadania e PSD no Senado dizem avaliar que não é o momento de realizar manifestações.

Os parlamentares afirmam, entretanto, que a mobilização para atos pró-democracia "aqueceu nossos corações de esperança" de que a população brasileira tenha percebido que "a política da Presidência da República tem sido devastadora ao país e aliada do coronavírus".

"Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população", afirmam.

Os políticos também dizem temer que eventuais confrontos com a Polícia Militar sejam usados pelo governo Bolsonaro como pretexto para ações antidemocráticas.

"Observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias."

Em nota separada, a executiva do PSB afirma que "ainda não é hora de tomar as ruas" por questões de segurança sanitária em relação à pandemia do novo coronavírus. O tom é semelhante à mensagem divulgada pela executiva da Rede Sustentabilidade.

À noite, o PT também divulgou nota em que recomenda aos manifestantes observarem o uso de máscaras e o distanciamento social, além de "resistir às provocações e isolar os infiltrados, que já vêm agindo para tentar desvirtuar o caráter das manifestações e dar pretexto à repressão e ao discurso de fechamento do regime".

​No último domingo, manifestações incentivadas por torcidas organizadas de vários times de futebol acabaram em confronto na avenida Paulista.

O ato pró-democracia foi organizado pelas torcidas após apoiadores do presidente se manifestarem, ao longo dos últimos domingos, com bandeiras antidemocráticas como o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal), além de pedir o fim do isolamento social no combate da pandemia da Covid-19.

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