De Garotinho a Witzel, relembre governadores do Rio alvo de ações policiais

Atual governador do Rio foi afastado do cargo por 180 dias em determinação de ministro do STJ

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São Paulo

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e a cúpula de sua gestão foram alvos de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (28), sob acusação de corrupção em contratos públicos da saúde. A nova ação foi batizada de Tris in Idem, sugerindo que o esquema repete práticas criminosas dos dois últimos chefes do Executivo fluminense, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB.

A operação desta sexta foi um desdobramento de outra deflagrada em maio, a Placebo, da qual o governador e a primeira-dama já haviam sido alvos.

A lista de ex-governadores do Rio que já foram alvo de operações policiais inclui: Anthony Garotinho (1999-2002), Rosinha Garotinho (2003-2006), Sérgio Cabral (2007-2014) e Luiz Fernando Pezão (2014-2018).

Moreira Franco, que comandou o estado de 1987 a 1991, foi preso pela Lava Jato em março do ano passado suspeito de receber propina para a construção da usina de Angra 3, no Rio, quando era ministro de Minas e Energia de Michel Temer.

Relembre, abaixo, os casos.

*

Anthony Garotinho (1999-2002) 
Eleito pelo PDT, foi preso ao menos cinco vezes. Na primeira, em 2016, sob acusação de chefiar um esquema de compra de votos na eleição em Campos dos Goytacazes, sua base eleitoral.

Rosinha Garotinho (2003-2006) 
Eleita pelo PSB, foi detida pela primeira vez em 2017, com o marido, sob acusação de crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.

Sérgio Cabral (2007-2014) 
Eleito pelo então PMDB (hoje MDB), foi preso em 2016 na Operação Calicute, ação conjunta da Lava Jato no Rio e em Curitiba, sob suspeita de corrupção e desvio de recursos. É réu em pelo menos 31 ações e tem ao menos 13 condenações.

Luiz Fernando Pezão (2014-2018) 
Reeleito pelo então PMDB, foi preso em desdobramento da Lava Jato, sob suspeita de participação no esquema de Cabral. Foi solto no fim do ano passado.

Wilson Witzel 
Eleito em 2018 pelo PSC, foi afastado nesta sexta (28) do cargo por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ. Ele é acusado de corrupção em contratos públicos na área da saúde.

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