Descrição de chapéu Eleições 2020 datafolha

Cai o número de moradores de São Paulo interessados nas eleições, diz Datafolha

Índice de eleitores que afirmam não ter interesse na votação para prefeito é de 33%; taxa era de 25% no pleito de 2012

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São Paulo

Caiu o número de moradores da cidade de São Paulo que estão interessados nas eleições para prefeito, de acordo com pesquisa Datafolha realizada nesta semana.

Entre os eleitores, 33% afirmam não ter interesse. O índice era de 25% no último levantamento feito pelo instituto, em junho de 2012, ano de eleição municipal —o Datafolha não fez a pergunta no pleito de 2016.

A mudança atual também é notada na queda dos que demonstram grande interesse, que foi de 37% para 30%. Segundo a pesquisa, 31% relatam neste ano um interesse médio, e 6% afirmam que ele é pequeno. Apenas 1% não soube responder.

O Datafolha ouviu presencialmente 1.092 eleitores nos dias 21 e 22 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nas faixas de escolaridade, os eleitores com ensino fundamental e com ensino médio têm índices mais altos de desinteresse, com 40% e 39% respectivamente. Entre os com ensino superior, a taxa é de 18%.

A parcela desinteressada nas eleições é maior quando se trata da votação para vereadores: 38% dizem não estarem interessados, enquanto 22% afirmam que o interesse é grande. Apenas 1% não soube responder; 27% apontam como médio, e 12% como pequeno.

Na divisão geográfica, o centro e a zona oeste da capital paulista são as regiões com maior parcela de muito interessados nas eleições para prefeito, com 39% e 40% respectivamente.

As menores taxas estão na zona leste, com 29%, e na zona sul, com 27%. Já a região norte da cidade tem 32% de muito interessados.

Na divisão por cor de pele, os pretos são os que possuem o maior índice de pessoas sem interesse pelas eleições para prefeito (43%) e para vereadores (41%). Entre os brancos, 30% dizem o mesmo nas eleições para prefeito e 36% para as de vereadores; entre os pardos, os índices são de 31% e 37% para os respectivos cargos.

Em 2012, o número de abstenções no primeiro turno na cidade de São Paulo foi de 1,6 milhão. Já em 2016, o número subiu para 1,9 milhão.

O Código Eleitoral prevê multa de 3 a 10% sobre o salário mínimo da região para os que deixarem de votar e não se justificarem.

Sem a justificativa e o pagamento da multa, o eleitor não poderá, por exemplo, obter passaporte ou carteira de identidade e renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.

A pesquisa também mostra que 86% dos moradores afirmam ter conhecimento de que haverá eleições municipais em novembro.

O grupo com menor parcela dos que dizem saber do evento são de pessoas com 16 a 24 anos (65%). Entre os de 45 a 59 anos e 60 anos ou mais, a taxa sobe para 91%.

A mesma pesquisa Datafolha mostrou que, em resposta espontânea, 57% dos eleitores afirmam que não sabem qual candidato escolher. Outros 16% pretendem votar branco ou nulo.

A última taxa é similar a dos 20% de intenções de voto do segundo colocado da pesquisa, o prefeito Bruno Covas (PSDB), na corrida para a Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) aparece em primeiro lugar, com 29%.

A pesquisa foi encomendada pela Folha e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sob o número 06594/2020.

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