Aprovação de Covas no combate à pandemia cresce e atinge 46%, diz Datafolha

Crivella tem reprovação de 55% nesse tema no Rio; veja também avaliação em BH e no Recife

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São Paulo

Cresceu a aprovação da atuação do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na pandemia da Covid-19. Segundo pesquisa Datafolha feita na terça (20) e na quarta-feira (21), 46% dos entrevistados avaliam o desempenho do tucano como ótimo ou bom. No levantamento feito há um mês, esse percentual era de 37%.

A aprovação é maior entre as mulheres (51%) e os mais velhos (53%).

Os que reprovam a atuação de Covas no combate ao coronavírus são 18%, ante 25% em setembro, e os que avaliam como regular são 34% (antes, eram 38%). Outros 2% não souberam ou não quiseram responder.

O Datafolha ouviu 1.204 eleitores na cidade de São Paulo. A margem de erro da pesquisa, feita em parceria com a TV Globo, é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A capital paulista registrou, no mês de outubro, a menor média de novos casos de Covid-19 desde maio. Desde o dia 10, a cidade está na fase verde do Plano SP, programa do governo do estado que prevê medidas de isolamento social e fechamento de atividades.

Na fase verde, a penúltima prevista, é permitida a reabertura controlada de quase todas as atividades e estabelecimentos, incluindo cinemas e teatros.

Desde fevereiro, São Paulo já contabilizou mais de 300 mil casos e 13,4 mil mortos pela doença.

Numericamente, Covas lidera as intenções de voto para a prefeitura (tem a preferência de 23% dos eleitores), embora esteja empatado tecnicamente com Celso Russomanno (Republicanos), que tem 20%.

O deputado federal, contudo, perdeu sete pontos desde a pesquisa anterior, ao passo que o tucano oscilou positivamente dentro da margem de erro.

A aprovação ao trabalho de Covas não recai na mesma medida sobre seu principal aliado, o governador João Doria (PSDB), que divide opiniões. Doria tem a aprovação de 33%, a reprovação de 34%, e 32% o veem como regular —2% não opinaram.

O Datafolha também ouviu eleitores no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e no Recife. Na comparação, o prefeito mais bem avaliado na pandemia é Alexandre Kalil (PSD), que comanda a capital mineira.

Kalil tem 70% de aprovação e apenas 12% de ruim ou péssimo. Os que o consideram regular são 17% e 1% não opinou. Em relação à pesquisa anterior, os resultados oscilaram dentro da margem de erro.

Belo Horizonte enfrentou sua pior fase da pandemia em julho e agosto, quando o número de casos explodiu e a ocupação de UTIs ultrapassou 90%. Hoje, segundo o monitor da Folha que mede o estágio da pandemia nas cidades, a situação é de desaceleração, com queda no número de novos doentes.

Em sabatina promovida pela Folha e pelo UOL, Kalil admitiu que a capital mineira realizou uma "abertura precipitada" durante a pandemia.

Candidato à reeleição, Kalil lidera as intenções de voto e pode vencer já no primeiro turno. Ele tem a preferência de 60% dos eleitores, Em seguida aparecem o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), com 7%, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL), com 5%, e o deputado estadual Bruno Engler (PRTB), com 3%.

Já no Recife, que viveu a fase mais aguda da pandemia em abril e maio, o prefeito Geraldo Julio (PSB) teve queda na aprovação do seu desempenho —ele não é candidato à reeleição.

Eram 42% os que o consideravam ótimo ou bom no início do mês, contra 32% agora. Sua reprovação cresceu de 24% para 30%, e os que o consideram regular saíram de 33% para 36%. Outros 2% não souberam ou não quiseram opinar.

Das quatro capitais avaliadas, Recife é a única que passou por "lockdown", ficando fechada em maio e junho.

O Datafolha entrevistou 868 pessoas nas capitais mineira e pernambucana.

O mais reprovado é o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). São 55% os cariocas que avaliam seu desempenho na pandemia como ruim ou péssimo. São 16% os que aprovam sua atuação, e 26% que a definem como regular. Os que não responderam somam 2%.

Os números são semelhantes à pesquisa passada, com oscilação dentro da margem de erro. Foram ouvidos 1.008 eleitores no Rio.

Quem mais reprova Crivella, candidato à reeleição, são os mais escolarizados e os mais ricos —somam 70% e 72% de ruim ou péssimo, respectivamente.

O prefeito tem 13% das intenções de voto e está empatado tecnicamente em segundo lugar com Martha Rocha (PDT), com 13%, e Benedita da Silva (PT), que tem 10%. O primeiro colocado é o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), com 28%.

Crivella foi considerado inelegível pelo TRE-RJ por suposto abuso de poder na campanha eleitoral de 2018. Apesar disso, ele pode concorrer até que sejam esgotados todos os recursos cabíveis à decisão.

Também é do Rio a maior reprovação à atuação de um governador na pandemia. O interino Cláudio Castro (PSC), que assumiu após o afastamento de Wilson Witzel (PSC) pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), é reprovado por 49%. São apenas 5% os que o avaliam como ótimo ou bom, e 27% disseram considerá-lo regular.

A parcela dos que não opinaram também é maior no Rio: 19%.

O mais bem avaliado é o governador mineiro, Romeu Zema (Novo). Ele tem 38% de ótimo e bom em Belo Horizonte, 34% de regular e 23% de ruim ou péssimo (5% não responderam).

No Recife, o governador pernambucano Paulo Câmara (PSB) tem avaliação modesta: 28% aprovam seu trabalho de combate à Covid, 36% reprovam, e 34% avaliaram como regular (2% não opinaram).

O mais mal avaliado na capital pernambucana é o governo federal. São 44% os que reprovam o desempenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia, contra 32% de aprovação.

Os índices são tecnicamente iguais aos de Belo Horizonte, onde 46% reprovam a gestão de Bolsonaro na pandemia, 34% aprovam e 19% acham regular.

Já no Rio e em São Paulo são 50% e 53% de reprovação, 28% e 27% de aprovação e 21% e 19% que avaliam como regular, respectivamente.

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