Em sabatina da Folha/UOL, Marília Arraes diz que milita para PT há anos e não esconde partido

A neta de Miguel Arraes é candidata à Prefeitura de Recife

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São Paulo | UOL

Marília Arraes, candidata à Prefeitura do Recife, disse durante a sabatina da Folha, em parceria com o UOL, que não esconde o PT nem seu sobrenome em sua campanha.

"Como a gente esconde o que a gente tem? Não é questão de esconder, eu sou Marília Arraes desde que nasci. Sou neta de Arraes, todo mundo sabe."

Ela afirmou que "há anos faz militância no PT". "Claro que minha campanha vai ser uma campanha polarizando também, defendendo o legado do PT, mas principalmente o que a gente pode fazer para o futuro."

"Só não interessa a polarização a quem não tem lado", disse, atacando João Campos (PSB).

​Segurança pública e presídios

Uma das propostas da candidata é a retirada do Complexo Prisional do Curado da região. A candidata defende a extinção de presídios e penitenciárias tão grandes e próximos de centros urbanos.

Segundo ela, o local enfrenta uma superlotação. "É uma comunidade que está ali atingida, os presos estão em situação muito precária, e alguém tem que ter coragem. A gente tem visto uma omissão de todos os lados em relação a isso", disse.

Em relação à segurança pública, comentou sobre o armamento da Guarda Municipal. Segundo a candidata, "o momento que a gente está vivendo no país faz com que certos assuntos sejam polemizados como antes não eram".

"Com Bolsonaro, tudo o que bate nisso vira um debate entre esquerda e direita", disse. "Armar a guarda não é solução para segurança pública, como alguns candidatos da direita tentam pregar", disse. "Não dá para transformar a Guarda Municipal como uma mini-PM."

Mas ela falou que é possível voltar a armar certos setores da instituição desde que com uma capacitação permanente.

Críticas ao PSB levaram a ataques

Marília Arraes disse que é oposição ao PSB há muito tempo e que sofre com ataques machistas. "Picharam a cidade toda com ofensas pessoais a mim quando eu rompi com o PSB", disse.

Segundo ela, em Pernambuco, poucas mulheres tiveram destaque na política. "E delas eu ouso dizer que fui uma das que mais sofreu ataques públicos por parte do PSB", disse. "Eu não vejo dúvida nenhuma sobre a minha oposição ao PSB", afirmou.

Segundo a candidata, seu principal adversário, João Campos, é que tem escondido o PSB durante a campanha. "É como se ele tivesse dado uma pausa nas gestões do PSB e não existisse Geraldo Julio e Paulo Câmara", disse, referindo-se ao atual prefeito e governador do estado, do mesmo partido.

"Ele está escondendo que é o candidato da gestão", disse. "Ele diz que não é advogado de gestões passadas, como assim? Não é o candidato do prefeito? Então ele não defende a gestão do prefeito?"

Campos lidera as pesquisas, enquanto Marília disputa o segundo lugar com Mendonça Filho, do DEM.

Sabatinas

A Folha e o UOL estão sabatinando candidatos da principais capitais do país.

Além de Marília Arraes, foram entrevistados, do Recife, a candidata Patrícia Domingos (Podemos), e Mendonça Filho (DEM).

Dos candidatos em Belo Horizonte, foram Áurea Carolina (PSOL), Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania).

De Salvador, o Pastor Sargento Isidório e de Bruno Reis (DEM). De Curitiba, falou João Arruda, candidato pelo MDB, e Goura (PDT).

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