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Em sabatina Folha/UOL, Olívia Santana promete ampliar cobertura da saúde em Salvador para 75%

Candidata do PC do B a prefeita da capital baiana defende em entrevista o direito à saúde e à habitação

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São Paulo | UOL

O enfrentamento às desigualdades sociais será pauta primordial de uma possível gestão de Olívia Santana (PC do B) à frente da Prefeitura de Salvador, disse a candidata durante sabatina promovida pela Folha em parceria com o UOL.

"A meta é subir para 75% a cobertura de atenção básica à saúde", afirmou.

"Venho da miséria, venho da pobreza, sou de esquerda, e sei o quanto uma vida digna passa também pelo direito à saúde e à habitação", disse a ex-vereadora, que já atuou como secretária municipal da Educação e ocupou as secretarias estaduais de Políticas para as Mulheres, e de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.

"O principal erro dessa gestão é não cuidar das pessoas, é não garantir oportunidades para as pessoas, portanto eu quero fazer uma política social que chegue à população mais pobre", afirmou ela, em referência ao prefeito ACM Neto (DEM). O atual vice-prefeito, Bruno Reis (DEM), lidera a última pesquisa Ibope com 42% das intenções de voto.

Entre as críticas, Olívia destaca a falta de um plano de reurbanização das regiões de favelas, o que pretende resolver com investimentos na reestruturação desses espaços e na ampliação da atenção básica de saúde.

Racismo e representatividade

Segundo a candidata, a composição de sua gestão será feita levando em consideração o critério étnicorracial. "É possível garantir talentos, capacidade de gestão e essa representatividade que tanto importa, que é a representatividade de pessoas negras contribuindo com a gestão de uma cidade que tem 82% de negros e negras na sua população."

"Se eu for eleita prefeita da cidade de Salvador, significará um gesto na direção de que representatividade importa, e terei que traduzir isso na composição do nosso governo", completa.

A candidata cita o fato de ACM Neto jamais ter nomeado um secretário negro —ela afirma não considerar a Secretaria Municipal de Reparação, que classifica como "muito específica". "Eu quero ver negros comandando pastas que façam de fato uma diferença substancial na alteração da paisagem do poder."

Obras do BRT e VLT

Defendida por Bruno Reis, a proposta de implementação do BRT (Bus Rapid Transit), sistema rápido de transporte público, na capital baiana é vista com ressalvas por Olívia. "Acho que, do ponto de vista urbanístico, foi um erro essa obra."

"Eu não vou chegar na prefeitura para desfazer o que está sendo feito, eu vou buscar fazer uma melhor integração em todos os modais", disse. Já sobre o VLT, o monotrilho de Salvador, a candidata afirma que a obra é muito importante para o subúrbio da cidade.

"A partir desse novo modelo, temos que ampliar os investimentos no subúrbio para permitir uma elevação das condições socioeconômicas dessa população", afirmou.

Com 6% na mais recente pesquisa Ibope, Olívia está tecnicamente empatada em segundo lugar com Pastor Sargento Isidório (Avante), que tem 10%, e Major Denice (PT), também com 6%.

SABATINAS

A Folha e o UOL estão sabatinando candidatos das principais capitais do país.

Além de João Campos, foram entrevistados no Recife os candidatos Marília Arraes (PT), Patrícia Domingos (Podemos) e Mendonça Filho (DEM).

Dos candidatos em Belo Horizonte, foram sabatinados Áurea Carolina (PSOL), Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania).

De Salvador, Olívia Santana (PC do B), o Pastor Sargento Isidório (Avante) e Bruno Reis (DEM). De Curitiba, João Arruda (MDB) e Goura (PDT).

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