Descrição de chapéu Eleições 2020 datafolha

Interesse na eleição cresce, e medo de votar cai em SP, diz Datafolha

Para 37%, há grande interesse no pleito que definirá o próximo prefeito de São Paulo

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São Paulo

O interesse do paulistano na eleição para a prefeitura cresceu. Ao mesmo tempo, caiu a porcentagem de eleitores que se sentem inseguros para votar durante a pandemia da Covid-19, que forçou o adiamento da eleição de outubro para novembro.

É o que revela pesquisa do Datafolha, feita em parceira da Folha com a TV Globo. O instituto ouviu 1.092 maiores de 16 anos em 5 e 6 de outubro. A margem de erro é de três pontos para mais ou menos.

Para 37%, há grande interesse no pleito que definirá a próxima pessoa a ocupar a cadeira hoje de Bruno Covas (PSDB), que concorre à reeleição. Na pesquisa anterior, de 21 e 22 de setembro, eram 30%.

Os mais empolgados com o processo são, de longe, os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL): 72% se dizem muito interessados na votação.

Já o índice daqueles que não se interessam pela eleição seguiu estável, de 33% para 29%. A eleição para a Câmara Municipal tem menos apelo, mas ainda assim viu uma oscilação positiva, na margem de erro: de 22% para 27%. Um terço (33%) não têm interesse algum.

Consideram a votação um ato inseguro 28%, ante 34% do levantamento anterior. Os que acham o ato seguro seguiram estáveis (de 24% para 26%), assim como os que o consideram um pouco seguro (de 42% para 46%).

Se sentem mais inseguros principalmente os mais pobres. Consideram a hipótese de não ir votar devido ao medo de se infectar como novo coronavírus 21% dos ouvidos, índice estável em relação a setembro.

O Datafolha, nessa rodada, foi a campo também em outras três capitais. O padrão de interesse pelo processo eleitoral e os temores em relação à pandemia não fogem muito do registrado em São Paulo.

No Rio de Janeiro, onde foram ouvidas 900 pessoas e a margem de erro também é de três pontos percentuais, 34% se dizem muito interessados no pleito e 37%, nem um pouco. Na disputa legislativa local, o desinteresse é de 40%

Sentem-se inseguros para ir votar 33% dos cariocas, ante 44% que consideram o ato um pouco seguro e 21%, que o veem como totalmente seguro. Consideram não ir às urnas devido ao risco de pegar a doença 24%.

O maior temor se encontra entre as mulheres, entre os pretos e entre quem vota nulo e branco.

Em Belo Horizonte, o interesse é de 37%, enquanto 24% não querem saber da eleição. Na capital mineira, o Datafolha ouviu 800 pessoas, também com margem de erro de três pontos.

A corrida pela vaga de vereador na cidade também não empolga muito. Um terço (33%) dizem não ter interesse, mais do que os 26% que dizem ter muito.

Entre os eleitores locais, o medo de ir votar faria 18% desistirem da ideia. No geral, são equivalentes aqueles que acham a prática segura (24%) e insegura (25%). Metade dos ouvidos acham ir a uma seção eleitoral um pouco seguro.

Já em Recife, onde o Datafolha também ouviu 800 eleitores com a mesma margem de erro, o desinteresse no pleito municipal é de 37%. Estão bastante interessados 26%, enquanto 28% se dizem medianamente empolgados. Ali, o interesse é maior entre mulheres e pessoas com mais escolaridade.

A eleição para a Câmara local também não diz nada a 36%, enquanto 24% se dizem bastante interessados.

No quesito coronavírus, o medo do patógeno faria 23% considerar não ir às urnas em 15 de novembro. Se sentem seguros 20% dos moradores, ante 48% que acham votar um pouco seguro e 31%, que acham inseguro.

O Datafolha registrou as pesquisas nos Tribunais Regionais Eleitorais sob os número SP-08428/2020 em São Paulo, PE-08999/2020 em Recife, MG-09256/2020, em Belo Horizonte e RJ-09140/2020, no Rio.

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