PF indicia Paulinho da Força sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro

Operação aponta suspeita de caixa dois nas campanhas eleitorais de 2010 e 2012

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Lençóis (BA) | UOL

A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira (2) investigações da 1ª fase da Operação Lava Jato e indiciou o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) sob acusação dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com penas de 3 a 12 anos de prisão.

Além dele, a Operação Dark Side da PF indiciou pelos mesmos crimes o advogado Cristiano Vilela Pinho e o ex-tesoureiro do Solidariedade José Gaspar de Campos, ex-tesoureiro do Solidariedade, ambos acusados pelos mesmos crimes de que é suspeito Paulinho da Força.

A PF investigou a suspeita de caixa dois nas campanhas eleitorais de 2010 e 2012. A operação, autorizada pela Justiça Eleitoral de São Paulo, utilizou como base delação premiada de executivos do grupo J&F, controlador da indústria de alimentos JBS.

Segundo a PF, a investigação constatou que o deputado recebeu R$ 1,7 milhão de caixa dois.

"[Os] pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também mediante o pagamento de valores em espécie, contando para isso com doleiros contratados pelo referido grupo [J&F]."

Em 2010, Paulinho da Força, presidente licenciado da Força Sindical, foi reeleito deputado federal. Em 2012, ele disputou a eleição para a Prefeitura de São Paulo, que perdeu ainda no primeiro turno. O pleito foi vencido por Fernando Haddad (PT). Em ambas as eleições, o parlamentar estava filiado ao PDT.

O UOL tentou entrar em contato com o deputado, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Em julho, a PF fez buscas no gabinete do parlamentar em Brasília, em seu apartamento e ainda na sede da Força Sindical, na capital paulista.

Na ocasião, através de um comunicado, Paulinho da Força disse desconhecer os fatos citados, afirmou lamentar a operação e afirmou que as contas de suas campanhas em 2010 e 2012 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

"Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados dez anos desde os fatos apontados", disse a nota veiculada em julho.

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